sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Zeca

Zeca, sorrindo de alegria.

Eu era competidor e frequentava as praias de Torres durante os campeonatos. Foi assim que conheci o Zeca, se não me engano vendendo açaí.

Não eramos amigos, mas acho que o respeito era recíproco. E aprendi a admirar o trabalho dele, não só em causa própria para viver do que amava, mas também para tornar o Tow-in uma prática esportiva reconhecida.

Provavelmente venceu muitas barreiras e desafios que fariam você e eu tremermos na base. Ele só não contava com esta. Com certeza não imaginava que seria ele o próximo sorteado da estrada da morte. A BR 101 levou mais uma vida.

Descansa em paz, Zeca.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

O mundo é vermelho!

Quando o Colorado ganhou a Libertadores, eu não perdi tempo: publiquei uma série de textos "comemorativos". Desta vez a euforia somada às festas e eventos de final de ano, me atrapalharam.

Só que recebi um e-mail do amigo Klaus Kaiser, que sintetiza exatamente o que estou sentindo. Sendo assim, faço minhas as palavras do grande "Kaiser Colorado":

"Salve salve Campeões do Mundo!!!

Estou para mandar este e-mail para vocês desde domingo, mas preferi primeiro curtir em toda a sua extensão o título maravilhoso que conquistamos. Foi (e está sendo ainda) uma experiência única, maravilhosa e que eu não quero que termine nunca. Parem o tempo, deixem o Colorado ser o eterno campeão.

Amigos, quando é que eu (e vocês também) iria imaginar, em sã consciência, que nós seríamos campeões do mundo com Abel Braga como técnico, Edinho de volante, Rubens Cardoso na lateral esquerda, Michel no banco e - ACIMA DE TUDO - com gol de Adriano Gabirú. Essa foi pra matar! Pra acabar com qualquer crítico feroz destes aí, como eu. Não vou negar que sempre odiei o Abel, Michel e Adriano. Edinho só a partir deste ano é que foi me convencer e achar que Rubens Cardoso seria o lateral da equipe campeã do mundo foi demais! Todas as minhas convicções contra estes aí foram por água abaixo na manhã de domingo e a partir de hoje, como eu já havia prometido, não falo mais um "ai" de todos eles.

Abel é a partir de hoje o melhor técnico do mundo, mesmo que escale um meio-de-campo com Fabinho, Josimar, Michel e Adriano Gabirú e que tenha Rentería (ô negão ruim!!!) no ataque. Não faço mais nenhuma crítica ao Gabirú, mesmo que ele erre 100 gols na cara do goleiro e erre mais 200 passes de 1 metro. Michel? É o melhor do mundo! Rubens Cardoso é seleção já! E Edinho é o modelo de volante a ser exportado até para o Barcelona ou Real Madrid.

Olha, realmente nós temos que comemorar demais este título e espero que tenhamos ainda muitos e muitos anos de glória pela frente. Parabéns ao Fernando Carvalho & Cia. Eles são foda mesmo! E parabéns para nós, torcedores, que com 1.500 representantes no estádio, calamos 80.000 adversários e empurramos o nosso colorado prá cima dos catalães. Foi lindo ouvir o nosso novo segundo Hino ecoar por toda Yokohama " COLORADO COLORADO, NADA VAI NOS SEPARAR, SOMOS TODOS SEUS SEGUIDORES, PARA SEMPRE VOU TE AMAR". Que festa linda na Goethe, nas ruas de Porto Alegre, em todo o Rio Grande, todo o Brasil e todo o mundo.

Comemorem colorados, pois o mundo é de todos nós. O MUNDO É VERMELHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!

Klaus Kaiser"

Pedrada: agora sim!

Falei da minha torcida pelo Pedra e assisti ele perder antes de chegar lá. Temi que tivesse que morder a língua, mas achei que ele tinha morrido na praia.

Só que alguns dias depois começaram a pipocar notícias de que ele havia se garantido no WCT 2007. Eu preferi esperar pela confirmação oficial, depois de terminado o Pipe Masters, onde sempre acontece uma confusão de gente caindo e gente se garantindo.

Agora está confirmado. E na minha humilde opinião, temos (mais) um brasileiro com surfe de linha, digno de WCT, de volta à elite. Eu queria tanto que o Pedra conseguisse focar. Queria tanto ver o surfe dele conquistar os resultados que merece...

Torcerei.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Anônimo disse...

Ainda sob a embriaguez daquela final de ontem. Excitado pelo fato de que daqui há poucas horas estarei pegando umas ondinhas, recebo o aviso, através do e-mail, de que há um comentário feito no post anterior.

Daí a triste surpresa: um "machão, cheio de coragem", mas que não assume a própria identidade negando-se a assinar o que escreve, faz (o que pensa ser) uma crítica e acaba apenas confirmando aquilo que critícou.

Ele cita um trecho do que escrevi na minha coluna do Go Surf e do Ondas: "Somos um bando desordenado, brigando entre si pra ver quem pega mais onda e quem possui a prancha mais reluzente" e tasca: "A serviço de quem? para quem queremos provar que surfamos mais que um ou mais que outro? Isso prá mim é fogo no rabo do gaúcho, que tá louco prá dar o cú e não sabe como!"

Nem vou entrar no mérito do nível da escrita do sujeito. Mas qualquer cidadão que tenha cursado o primário, lê a citação destacada pelo idiota e percebe que o que ele escreveu, comprova o que foi citado.

O ignorante nem se deu conta disto.

Deu a lógica

O cara de amarelo, venceu (mais uma vez) o cara de vermelho.
E isto está virando rotina. (algo me diz que este fato será o
responsável por adiar a aposentadoria do careca).


Kelly Slater é um extraterrestre. É inigualável. Fantástico. Oito vezes campeão mundial de surfe. E eu poderia seguir elogiando-o. Mas justiça seja feita. Ele não é o melhor do mundo no Havaí. Disparado, o bodoso faz o que quer e o que bem entende naquele lugar.

Aliás, por uma questão de devido respeito [ainda estou sob o efeito daquelas duas ondas fantásticas que ele pegou nos últimos 6 minutos da final do Pipe Masters, passando da situação de precisar de uma combinação, para a o primeiro lugar - colocando os outros três adversários em combinação] vou trata-lo por nome e sobrenome: Andy Irons, Pipe Master 2006 e vencedor da Triple Crown (ambos os títulos pela quarta vez).

Ganhar de virada é muito melhor. Perder de virada é muito pior. E dá vontade de ir à desforra...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Manobra do momento

Luke Stedman, Car Park Rights, Narabeen - Foto: Nathan Smith

Nesta semana e talvez mais um pouco, só o que vai importar para o mundo do surfe,
é quem vai conseguir ficar mais tempo escondido (a foto não é de Pipe, de propósito).

Não deixe de acompanhar as corridas, sempre iniciando às 16h30, aqui.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Pedrinha

Pedrinha, bem vivo na praia. Foto: ASP

Corríamos o Circuito Gaúcho de Surf, não lembro o ano. Eu já havia passado daquela fase em que se busca alguma coisa. Estava ali muito mais pela diversão. A taça já tinha até poeira no armário de casa. O Pedra não. O guri estava fazendo todas as finais. O que me incomodava é que apesar do surfe dele ser infinitamente mais completo do que o dos seus adversários, ele ainda conseguia perder algumas finais. Havia alguma coisa errada e eu tinha certeza que não era com o surfe dele. Estavam julgando errado suas ondas. Os juízes não estavam acostumados a valorizar a linha, o estilo e a velocidade do surfe dele.

"Sai daqui", eu lhe dizia. "Vai morar e competir noutro lugar", aconselhava. "Tenho certeza que se fores para um centro de surfe como São Paulo ou Rio, tu vais arrebentar", dizia eu, vendo o que nem ele estava vendo.

O guri foi pra Florianópolis. E classificou-se para o WCT. Durou um ano. Perdeu a vaga e desde então, tem morrido na praia. Chega ao Havaí precisando de um ou dois resultados meia boca, mas perde a vaga por apenas uma bateria.

O surfe competição é injusto. Não tenho dúvida de que o surfe dele é um dos melhores do mundo. Lindo de se ver. Veloz. Redondo e fluido. Mas na hora do "vamo ver" acaba sempre faltando uma onda ou um décimo na nota

Só que eu acho que agora vai. Ele ganhou a bateria de hoje em Sunset e classificou-se para as oitavas. Segundo os cálculos do Al Hunt, ele tem que chegar às quartas para ganhar uma vaga no WCT.

Já estou com os dedos cruzados para que não lhe falte uma onda e muito menos um décimo de nota.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Faltam 9!

Juro que não fico contando e verificando e analisando e muito menos investindo tempo em aumentar o número de leitores deste blogue. Mas eu não tenho como evitar prestar atenção cada vez que o Tracks está para completar um novo milhar...

VAMO LÁ SEUS CABEÇUDO! FALTAM SÓ 9 PROS ONZE MIL!!!

Pensando bem, o Blogger podia me dar um real pra cada visitante que viesse até aqui.

Eu investiria mais tempo neste treco, sem dúvida.

domingo, 19 de novembro de 2006

Convocação!

O Rio Grande do Sul possui uma pitoresca forma de matar gente: redes de pesca são instaladas de maneira a caçar seres humanos, ao contrário daquele que deveria ser o seu objetivo principal. É claro que seus donos argumentam que não tem culpa, que precisam pescar para sua subsistência e tal.

Este assunto é recorrente aqui neste espaço. Se você costuma me ler, sabe disso.

Ocorre que tenho um amigo, que tem se dedicado à causa de maneira incansável. O Virgílio Matos, que já foi presidente da FGS e hoje ocupa o cargo de diretor do conselho da entidade, tem sido um guerreiro na busca por uma solução. Tem se dedicado de corpo e alma.

Obviamente, ofereci este espaço para que ele se comunicasse com você.

Primeiro ele me mandou o seguinte recado:
"Poderias informar no teu blog, as praias LIVRES de redes: Torres, Tramandaí/zona Urbana, Imbé/zona Urbana, Capão da Canoa/ lado Norte do Pier/4km.
O resto, é "armadilha humana" !!!

Armadilha humana. Vejam só. Já usei esta expressão mais de uma vez. Mas usei apenas para causar impacto, uma figura de linguagem. Não poderia imaginar que as redes acabariam sendo classificadas desta maneira de modo técnico. Armadilha humana é coisa da era medieval. E (infelizmente) no litoral gaúcho do século XXI.

Recebi outro e-mail do Virgílio, convocando a mim e a você:

"Prezados Amigos,

Conseguimos que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS, CECLIMAR e IG - Instituto de Geociências/CECO (Centro de Estudos Costeiros e Oceânicos), orgãos e institutos de pesquisa, se engajassem na nossa "Causa" contra o "descaso" em nossas Praias !!!

Convido todos a participarem, destes 2 Eventos, que serão de "vital" importância para nossa segurança:

Dia 24/nov., "SEGURANÇA DE PRAIA", no Ceclimar/Imbé/RS;

Dia 25/nov., "Fórum, Surf & Pesca", na Prefeitura de Tramandaí/RS (clique aqui para ler o programa);

Só a nossa mobilização, irá pôr um fim a esta tragédia, que já vitimou 45 jovens nos últimos 23 anos."

Obs.: Nunca tivemos reunidos tantos "medalhões" do Governo para discutir "SURF SEGURO": Pres. da FEPAM, Comandante Geral da BM, MP Federal, Estadual, Secretário Nacional da Pesca, IBAMA, Patran, Prefeitos, etc.

Se não levarmos no mínimo 30 surfistas, vai ser uma piada! Seguiremos sendos taxados de "os guris do surf", e as mortes seguirão!!!"

E aí? Acho que temos a obrigação de lotar o local, né?

Quem não tem Cão

Em pensar que nem esta marolinha o Guaíba me dá...Foto: Olasyvientos

Dica do André Pitthan, direto de Floripa. Clica aqui para assistir o filme. E aqui para ler a matéria, do site Olasyvientos.

sábado, 11 de novembro de 2006

Ingreis dos bão!

Tenho certeza que não foi o Breninho que redigiu isto. Foto: ASP

Existe uma lenda entre a turma das antigas de Tramandaí. O Breninho, que estava hospedado na casa do Walter, queria sair para fazer um lanche mas não podia levar a chave com ele porque o Walter estava para chegar. Até que teve uma idéia sensacional: deixaria um bilhete em inglês para evitar que um meliante entendesse a mensagem. Escreveu o seguinte:

"Negars, the cheiver is on the mouco. Go to piquer pauer."

Para você, "que não entende inglês", eu traduzo: "Negão, a chave está no mocó. Fui ao Pica-Pau."

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Corre macacada!

Imbituba: capital mundial do surfe! Foto: ASP

Numa semana que começou com a sensacional vitória do Renan Rocha no WQS brasileiro, estamos mais uma vez assistindo a etapa brasileira do Circuito Mundial maltratando todo mundo - atletas, público e organização.

Abre parênteses: (eu já dizia que a experiência de top + o surfe de linha do Renan era muito mais eficiente do que um surfe "pula-pula" qualquer. Não que os adversários do Renan fossem simples "pula-pulas". Jamais afirmaria isto sobre Troy Brooks [valeu Renato!]. É que os caras são mais leves e tem um surfe mais moderno do que o do Renan. Mas na bateria, na ponta do lápis, é a cavada na base e a porrada no lipe que acabam contando. E o velho Renan fez isto direitinho. Deu-lhe porretadas nas direitas do meio de Itamambuca enquanto seu adversários desfilavam uma variedade de aerials, snaps, rabetadas e outros truques. Deu no que deu. Gostei) Fecha parênteses.

Mas o que é que há com Santa Catarina que de uns anos pra cá resolveu fazer beicinho e simplesmente se nega a mostrar suas ondas quando o circuito chega aqui?

O pior de tudo é que as previsões estão mostrando um belo swell que deve chegar na terça-feira, dia 7 - e o último dia da janela é justamente o dia 8. Se houvesse 100% de certeza nesta previsão, dava pra terminar a segunda fase até lá e deixar pra rolar todo o resto nos dois últimos dias. Mas e se for um alarme falso...? Não é mole a vida de diretor de evento.

Mas o título deste post se deve ao seguinte (release da ASP):

"Surfers rated 27th and higher after their best eight of 11 results are tabulated earn berths on 2007’s elite tour. The remaining spots go to the top 15 rated surfers on the World Qualifying Series (WQS) and three wildcards as deemed by the surfer’s themselves.

Because the Nova Schin Festival is the second to last event on the 2006 Foster’s ASP World Tour and several of the surfers sitting low on the ratings have no WQS results to fall back on, strong results in Brazil and in Hawaii are imperative if they want to surf amongst the elite next year"

Sacô? Dá uma olhada no ranking pra entender que tem uma boa turma "a perigo", entre eles quase todos os brasileiros.

Não quero nem ver no que vai dar. Os caras vão se matar neste resto de WCT Brasil e em Pipeline. O problema de deixar para a última hora - leia-se Havaí - é que eu ouvi o Mike Parsons comentando que o Pipe Masters deste ano vai abrir mais vagas do que o convencional, de forma a permitir que um maior número de surfistas locais participe do evento principal.

Já viu né? Lembra o que o "protegido" Makua Rothman fez com o Paulo Moura no ano passado? Pois é. Multiplique por vários o número deles e por vários o número de desesperados por pontos no ranking...

Vai dar merda.

sábado, 28 de outubro de 2006

Allan Weisbecker

O site dele é bem bacana.

O cara não é nenhum surfista famoso, muito menos profissional. É o surfista comum, como você e eu, só que com uma história incomum. Li uma parte da entrevista na Surfer e depois fui vasculhar o site dele. Vale à pena. Dá até pra se cadastrar pra receber atualizações sobre as aventuras (e os livros).

Em casa, na estrada. Foto: Surfer

A entrevista é assim:

"Most surfers have never heard of Allan Weisbecker. He's not a surfing legend. Never been pro. Never appeared in any ads. But through classic stories from surfing's colorful past we've all become aware of surfers like him. The image of swashbuckling pioneers risking life and limb for the perfect wave has almost become a stereotype, but never have they been captured with the romance and eloquent detail found in Weisbecker's 2000 autobiographical novel Searching For Captain Zero."

Leia o resto aqui.

Memória Viva



Como já disse, sou louco por revistas. Não resisto folhea-las, independente do assunto e da idade. Se forem antigas, dependendo do assunto, me transportam no tempo.

O que dizer então deste achado. O Cruzeiro. É do seu tempo? Eu era criança. Uma espécie de "Caras" ou "Veja" daquele tempo. É o "Fantástico", só que impresso.

O site Memória Viva oferece todo tipo de velharias (no bom sentido). Vá lá e divirta-se!

Ah, e se gostar, também há o blogue dos caras.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

É nos!


A gente vende. Nem sempre sabe se vender. Mas definitivamente, a gente vende!

sábado, 14 de outubro de 2006

34 nas Mentawais, tradição quebrada

Pôr do sol em Mentawai. Foto: Bali Surf Connection

Lembro do Rodrigo Digone, do tempo em que minha ocupação principal era correr atrás de campeonatos e patrocínios. Local da praia de Torres, Digone era uma daquelas figuras que quando a gente puxa da memória, só consegue lembrar do sorriso, de orelha a orelha. O cara mudou-se de mala e cuia pra Bali há alguns anos e eu nunca mais tinha ouvido falar nele.

Até que recebi um e-mail do amigo Batatinha, pedindo-me para visitar o site do Digone, com uma matéria interessante. Ela começa assim:

"Surfar nas ilhas Mentawais, o sonho de quase todos os surfistas do planeta, estava prestes a finalmente se realizar. Tudo começou quando recebi um e-mail do meu amigo Fernando "Batata" Ávila do Brasil dizendo que estava organizando uma viagem para as ilhas Mentawais e necessitava que eu organizasse uma lista de barcos bons com o melhor preço que conseguisse além de um fotógrafo para seu grupo decidir..."

Leia o resto clicando no título, ou aqui.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Octa!

A onda de Mundaka é tão perfeita quanto fresca! Coisa mais complicada de encaixar um campeonato de surfe. Isto forçou a ASP a rolar a competição em todo tipo de condição. Perfeito e tubular, pequeno e gordo, mexido e fechando e até, pásmem, beachbreak balançado, nas vezes em que a turma teve que ir pra Bachio.

Existe jeito mais convincente de provar que você é o melhor do mundo senão ganhando tudo, em todos os tipos de condição?

O careca é, indiscutivelmente, o melhor surfista do mundo. Tirem-lhe a prancha e ele arrebenta de jacaré. Dêem-lhe uma porta e ele pega um tubão! Não tem pra ninguém.

O careca é octa campeão do mundo!

A festa está marcada para Imbituba.

(No Havaí não rola festa porque a Wolf Pack só deixa rolar festa pro bodoso).

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

18 pra 10 mil!

Amanhã é feriado de Nossa Senhora de Aparecida. Para minha filha, é apenas o dia dela. Dia de ganhar presente, melhor dizendo. Na verdade a gente só descobre que é feriado santo, quando deixa de ganhar presente nesta data.

Mas isto não tem nada a ver. O que quero dizer é que faltam apenas 18 insistentes e teimosas almas visitando este blogue para que o espantoso número de 10 mil acessos seja atingido.

Seria um bom presente para esta criança, que gosta de escrever nas horas vagas!

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Testando...

Cada vez mais prático este negócio de blogue!! Agora o Google criou um "widget" (coisa de Mac) para facilitar a publicação de textos rápidos, como este.

Melhor ainda se desse pra incluir links e imagens com este trequinho...

sábado, 7 de outubro de 2006

Free Ride

Clássico!

Tá escrito lá no Surfhistory.com:

"There isn't much to say about this movie... At the time of its release (1977), this was absolutely the best surf film ever made. Rabbit, MR, Shaun Tomson, Peter Townend and friends made history on the North Shore, in a manner that has yet to be duplicated, and Bill Delaney did a masterful job capturing the times, the surf spots and the personalities. Still very watchable, particularly the Pipeline sequences.

Featuring Shaun Tomson, Mark Richards, and Wayne "Rabbit" Bartholomew
Music By Pablo Cruise, Gallagher & Lyle and Joan Armatrading
A Film by Bill Delaney, Narrated by Jan-Michael Vincent, Water Photography by Dan Merkel"

[Só feras!]

Um conhecido, que tornou-se um bom amigo, prometeu-me uma cópia do Free Ride em DVD, que ele havia garimpado no e-bay. Igual a criança, quando se promete um pacote de balas, mal pude conter minha ansiosidade, até que ontem, ao chegar em casa e abrir a caixa do correio, lá estava o envelope com esta jóia da história do surfe.

Na minha adolescência, junto com mais alguns amigos, costumávamos alugar o filme - Super 8 na época - para assistirmos na garagem de alguém. Amanhã, vou repetir a experiência, 3 décadas depois...

Prometeu e cumpriu. Valeu Júlio. Te devo uma!

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Surf´s Up!

Neste filme os pinguins são os reis do "hang six"

Outro dia eu comentava o meu prazer em assistir estas animações que tem surgido para o cinema. Estava impressionado com a cena da zebra entubando fundo na sua chegada à ilha, no filme Madagascar.

Pois os caras da Columbia Pictures estão preparando uma animação que, ao que parece, vai ser nota dez em termos de surfe.

"Big Z está para o surfe como..." (assista o trailer, ora bolas!)

Leia a sinopse:
"An animated feature that goes behind the scenes of the high-octane world of competitive penguin surfing. The film profiles Cody Maverick, an up-and-coming surfer as he enters his first pro competition. Inspired by his hero, a legendary wave rider named Big Z, Cody leaves his family to travel to Pen-Gu Island for the Big Z Memorial Surf Off."

Você pode se cadastrar para receber atualizações sobre o andamento do projeto, clicando aqui.

E pode assistir um trailer do filme clicando aqui.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

4.3

Tramandaí, setembro de 2006: água a 13 graus, ondas pequenas
e long 4/3, mas ainda me mexendo! Foto: Anderson

Ontem tornei-me um 4.3 e posso garantir que o motor ainda está redondinho! Há exatos 28 anos, no dia 26 de setembro de 1978, eu passava parafina na minha primeira prancha de surfe, depois de penar por dois anos, surfando em pranchas de isopor. A legítima fissura de novato, pois estava aqui mesmo, em Porto Alegre, a 100km da praia mais próxima!

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Como assim "a culpa é nossa"?

Há alguns anos um grupo (do qual eu fazia parte) montou uma comissão para trabalhar em busca de uma solução que acabasse com a morte de surfistas presos à redes de pesca.

Como as coisas costumam ser demoradas quando se espera por decisões judiciais e mudanças nas legislações, tratamos de, em caráter emergencial, liberar a prática do surfe ao lado das plataformas de pesca, até então, proibida por leis municipais. No nosso entender, ao menos naqueles locais, era garantido que não haveriam redes de pesca. Mas para conseguirmos esta liberação, tivemos que provar que não cabia aos municípios legislar sobre o assunto (sobre as áreas liberadas ou não para o surfe).

Mas isto, como eu disse, foi há alguns anos. Em 2006, o problema das mortes em redes ainda não foi solucionado. Redes de pesca continuam a ser instaladas em locais populosos e, pior, continuam a ser encontradas boiando à deriva, depois de soltarem-se de seus cabos, tornando-se verdadeiras arapucas humanas.

O que você faria, caso um filho seu morresse preso a uma destas redes? Acionaria o estado? Pois foi o que uma mãe resolveu fazer, depois que perdeu seu filho surfista. O problema é que, ao ser citada, a prefeitura do município onde a morte ocorreu, argumentou exatamente aquilo que argumentamos para liberar o surfe ao lado das plataformas: que se ela não tem competência para legislar sobre áreas de surfe (e pesca), também não tem responsabilidade pela morte de surfistas em redes. Incrível não?

Um dos componentes daquele grupo de trabalho que citei no início deste texto, é um promotor de justiça. Leia o comentário dele sobre o fato:

"Para cometer injustiça os caras são rápidos. Isso eu já previa e temia: que fossemos acusados até mesmo de "desproteger" os surfistas.

A decisão não impede a ação contra a União e contra o Estado, competentes para legislar sobre questão que afeta a segurança pública de forma particular justamente no RS. Brasília desconhece o tema. O Piratini e a Assembléia não.

Aliás, já se especializaram em não enfrentar a antiga questão. Já sabem até em quanto tempo uma morte de surfista sai do noticiário e o assunto é esquecido novamente. Os surfistas são vítimas das redes de forma periódica, porém permanente, apenas nas praias do nosso Estado. Em todo o resto do mundo isso não ocorre. O que há de diferente aqui? A possibilidade de colocar redes na arrebentação e a indiferença das autoridades locais quanto a isso.

O Estado não pode aprovar lei inconstitucional, contudo não me lembro de estar consagrado na carta magna o direito de colocar redes perigosas em zona ocupada também por banhistas ou desportistas, produzindo iminente, direto e concreto perigo de vida a tais pessoas. O lado hipossuficiente merece estar sempre protegido pela legislação ou qualquer outro ato das autoridades locais, como uma solução do MPE, que nunca veio.

Mas isso nunca ocupou nossas autoridades estaduais e municipais. Mesmo a imprensa dá um tratamento confuso ao tema (basta ver a propaganda da plataforma de Cidreira em horário nobre na Rádio Gaúcha). Isso que gostamos de nos regozijar que somos mais "adiantados culturamente" que o resto do país.

Somos bons em inventar saídas para demissão da própria responsabilidade, como agora fizeram os desembargadores,... "não é que não tenha direito, mas não na minha jurisdição..."

É tudo a mesma coisa: governador, deputado, vereador, juiz e promotor.

Rápidos na desculpa, ausentes na proteção à vida. No mínimo a responsabilidade é solidária, com o que deveria apenas ser chamado à lide também o Estado, porque a omissão sempre foi historicamente conjunta. Isso poderia ter sido determinado na aludida decisão. Mas os desembargadores se esqueceram...

Os municípios sempre incentivaram e permitiram as redes em suas praias, por leis ou quaisquer outros atos de suas autoridades. Nunca houve qualquer ato administrativo em defesa da vida dos surfistas. Agora não são mais responsáveis. É uma piada de mau gosto, ou melhor bem ao nosso gosto".

O cerco está se fechando

Fred D'Orey, colocando-se num lugar à prova de assaltos. Foto: Site da Totem

A quantidade de lixo que recebemos por e-mail tem aumentado de maneira assustadora. Por mais que os filtros tentem bloquear a entrada destas mensagens indesejadas, uma boa parte delas acaba chegando. Fico tentado a apagar tudo de uma vez só, mas daí, lá no meio de um punhado de mensagens classificadas como "spam" eu encontro uma "pérola" destas:

Depoimento de Fred D'Orey (dono da Confecção Totem e colunista da revista Fluir):

"Ontem à noite meu carro foi interceptado na Linha Vermelha por um outro veículo com dois caras armados com fuzis. Sem resistir, enquanto os motoristas atrás de mim davam ré, apavorados, entreguei o carro com tudo dentro - pranchas de surfe no rack, bagagem, $, câmeras, documentos e muitos etcs.

É que eu acabava de chegar de uma viagem de duas semanas na Libéria, na África. Vinha do Galeão. 8:30 da noite. O moleque não tinha mais do que 15 anos e parecia ligado, tremendo. Minha vida podia ter terminado ali. Muitas terminam, a gente lê isso todo dia nos jornais e acha que nunca vai acontecer conosco. Só que o cerco está se fechando.

Quando cheguei à patrulha, na verdade um gol caindo aos pedaços, estacionada a uns 300 metros do incidente, os dois policiais foram da maior educação. E educadamente me explicaram que viram o carro descendo o viaduto mas que não poderiam sair do local.

Disseram que não passam de fantoches (foi essa a palavra que usaram).
Explicaram que os equipamentos não funcionam. E que suas armas são infinitamente inferiores às dos bandidos. Enquanto esperava uma patrulha que deveria me levar até a delegacia para dar queixa, e que nunca chegou, ouvi pelo rádio o anúncio de mais três outros roubos de carros na mesma Linha Vermelha. Os dois acabaram confessando que são mais de 80 veículos roubados todos os dias naquela área. 80, todos os dias.

Não tenho raiva daquele adolescente. Nem fico indignado com os policiais. Ambos são vítimas dessa grande tragédia chamada Brasil. Um país rico e que poderia ser tudo, mas que caminha a passos largos para o abismo. Tenho é muito nojo desses políticos safados que saqueiam o meu Brasil. Que roubam merenda, que roubam ambulância, que roubam sangue, que roubam educação, que roubam saúde, e que roubam segurança. Esses caras estão acabando com o Brasil. Canalhas!

E nós, que trabalhamos e produzimos riqueza e pagamos impostos, estamos condenados a sustentar esses cretinos nas suas contínuas e ridículas reeleições para que continuem a nos roubar ainda mais. Como fazer pra acabar com esse ciclo vicioso de destruição de uma nação? Eu não sei, só sei que tem que acabar.

O Brasil não precisa de fome zero, essa campanha populista de um presidente ignorante e mal intencionado como Lula. O Brasil precisa é de CORRUPÇÃO ZERO. Essa é a única saída.

Se os americanos tinham na Guerra do Vietnã algo por que lutar, os brasileiros têm a luta contra a corrupção. Nós brasileiros tínhamos que deixar de ser frouxos e partir pra cima desses canalhas ladrões - todos eles, do município, do estado, de Brasília - e exigir que trabalhem, que sejam competentes e transparentes. A sociedade tinha que se unir.

Os empresários tinham que se unir. E, se não funcionar a pressão, iniciar uma outra campanha, IMPOSTOS ZERO. Chega de pagar suados tributos para o dinheiro sumir no ralo da corrupção e da incompetência. E para pagar salário de funcionário público incompetente e parasita.

Mas eu não sei como organizar nada disso. Enquanto batalho 12 horas por dia para pagar as contas e fazer meu negócio crescer honestamente, esses vermes montam esquemas para me roubar sem parar. Eles são um câncer. O cerco está se fechando. Tenho medo do que vem por aí. Vocês não?".
(Texto publicado com a atorização do Fred)

domingo, 17 de setembro de 2006

Tubásso!

Nathan Hedge comemora depois de ficar muito fundo, por muito tempo.

Cuidado!

Em direção à bancada!

Quando vi esta imagem pela primeira vez, assistindo o filme Young Guns II, da Quicksilver, fiquei impressionado com a transparência da água e a sensação de que as quilhas vão trancar no fundo, a qualquer instante.

Qualquer um que já surfou sobre uma bancada rasa, sabe do que estou falando. Quem surfa de backside na Silveira (para dar um exemplo mais próximo daqui), está acostumado a ter esta sensação a cada botton turn.

Uruguai

Foto do acampamento, à noite, com a fogueira bombando,
viola cantando e as Patrícias nos gelando! Foto: arquivo pessoal

Em março deste ano, minha turma de amigos organizou uma surf trip para o Uruguai. Passamos uma semana por lá. Comentei sobre esta trip aqui no blog e também nas minhas colunas no Go Surf e No Ondas do Sul. O problema é que pequei ao não informar detalhes técnicos da viagem e venho sendo cobrado desde então para fazê-lo.

Uma das pessoas que me pediu algumas dicas, foi o meu amigo Maurício "Alemão" Beck. Uma das coisas que eu lembro de ter sugerido à ele - e digo para todo mundo que me pergunta sobre este destino - é que ele devería procurar armar esta trip de novembro até junho. Nos demais meses o Uruguai é muito gelado.

Ocorre que eu não sabia, mas ele e seus amigos, já tinham se organizado para passar o feriado de sete de setembro no Forte de Santa Tereza. Segue o e-mail que recebi dele, assim que voltou de lá, na semana passada:

"Era despedida de solteiro do Kiko, amigo de Montenegro. Ele conseguiu a proeza de reunir 15 cabeças ao todo. Um que eu sei que tu conheces é o Sandro Muller. A idéia era fazermos um grande acampamento, sem água nem luz elétrica, mas com fogueira, churrasco, muita cerveja e uma viola sempre tocando!

Buenas, uma parte da turma (yo incluso) saiu as 5h (5 graus) da quarta-feira (6/9) com uma pick-up levando o "grosso" da carga: a maioria das barracas e os apetrechos de uso comum, como cadeiras e bombonas p/ água, fogão, etc....O resto da turma chegou na madrugada.

Na estrada percebemos que o campo estava coberto de branco. Geada forte! Seguimos em frente.

Quarta nem olhamos o mar. Nos dedicamos a montar o acampamento, pegar lenha e preparar um rango p/ os que vinham atrás. (e tava MUITO frio)

Quinta surfamos "Los Pesqueros". Balançado e MUITO FRIO! Único banho no dia, mas valeu a experiência. Fazia tempo que não surfava uma onda tão gelada, se é que já surfei....

Sexta rolou o clássico! Pela manhã "Los Pesqueros", em frente as pedras. Um metro com ótimas direitas, abrindo em direção à praia "Del Barco". Acabou que a maioria saiu do mar na praia "Del Barco" devido a corrente que tinha em frente as pedras....

La Moza. Foto: arquivo pessoal

À tarde surfamos em "La Moza". Não preciso dizer mais nada. O detalhe é que surfamos sempre sozinhos. Alguns da nossa turma não surfavam, ou não davam o banho por causa do frio ou por causa da ressaca (de Patrícias)....

Um abraço!
Beck"

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Afanada!

Tive que parar o que estava fazendo para desabafar: acabaram de afanar o Raoni Monteiro pela segunda vez!
Raoni (mais uma vez) apresentou o melhor surfe entre os brasileiros do WCT - e incluo o Mineirinho neste comentário. Mas outra vez deram uma "maozinha" para o cara que estava atrás dele na bateria.
Ontem, foi com o Phil Macdonald e hoje o Luke Stedman. Tiveram que dar a melhor nota do dia para uma onda não tão boa assim do Phil Macdonald. E tiveram que dar uma bela empurrada para Luke Stedman hoje.
Uma pena. Raoni certamente mostrou surfe para vencer em Trestles.
Parece que este foi o problema.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Bolster, 1947-2006

A foto é velha, mas o ângulo é eterno. Quem não se empolga com uma imagem destas?

Morreu ontem, aos 59 anos, o fotógrafo havaiano Warren Bolster. O nome Bolster, soa para mim como uma lenda. Lembro das primeiras Surfer e Skateboarder que tive nas mãos. Lembro da minha reação com a (ótima) qualidade das fotografias em ambas. E lembro que em grande parte delas, lia-se o nome Bolster nas legendas.

Clica aqui, para ler a notícia na Surfer e aqui, para ler a da Surfing.

Ah, o Chile...

Esquerda apetitosa, no sul do Chile. Foto: Kenny Hurtado / Revista Surfing

Namoro esta surftrip há horas. Sei que é frio pacas, mas aquelas esquerdas...

Na revista Surfing de outubro, há uma reportagem bem interessante sobre o Chile, escrita por Geoffrey Ragatz. No site da revista, o mesmo assunto, porém com texto de Warren Smith e áudio de Jesse Faen. Clica aqui (ou no título) para ler e ouvir online.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Tsunami gaúcho!

200m praia acima, escalada nos cômoros e corrida até o asfalto.
Há que ter muita força num swell para empurrar suas ondas por todo este percurso.


Eu não sei se é a idade ou o quê, mas a cada ano que passa parece que o inverno vai ficando mais frio! E a coisa funciona assim: quando você pensa que ele está terminando, aí é que piora. Não faz muito tempo, coisa de algumas semanas, os termômetros chegaram a marcar 30 graus. Que maravilha! O sol a pino anunciava a chegada da primavera. Qual o quê! Quando menos se espera, lá vem outra frente fria. Eu disse fria? Nada! Congelante!

Na semana passada, os sites, as rádios e os jornais começaram a alardear a chegada de uma frente fria com proporções históricas. Segundo o que informavam, faria um frio inacreditável.

O que se viu foi um ciclone (eles adoram este nome) daqueles de filme! O vento parecia que iria quebrar as janelas da sala do meu apartamento que, estrategicamente miram o oeste. Juro que, em determinado momento da noite de sábado para domingo, achei que as vidraças iriam ceder.
Mais um pouquinho e o estrago estava feito: tsunami gaúcho!

E o surfe? Bem, com uma frente destas, aconteceu o óbvio: o mar cresceu como há muito tempo não se via. As cenas que se viram hoje, foram impressionantes. As ondas avançaram por centenas de metros e passaram por cima dos cômoros na região da plataforma, chegando até o asfalto. Leve em consideração que os cômoros em questão, tem uns 6 - 8 metros de altura e uns 30 - 50 metros de extensão até o asfalto...deu pra imaginar a fúria do oceâno?

Eu não estava lá, mas faço idéia de que o visual éra de um tsunami, cada vez que o mar recuava e "armava o ataque"...
Some a esta imagem, uma correnteza de sul (da direita para a esquerda, na foto),
com a força de um rio caudaloso e a temperatura de 14 graus, na água e 9 graus, fora dela!
Observe os postes "arriando"...

sábado, 2 de setembro de 2006

Pedro Aguiar

Pedro Aguiar, Teahupoo. Foto: Arquivo pessoal

O tubo acima, foi pego - na remada - num dia de tow-in em Tahupoo. O gaúcho Pedro descreve assim a experiência:

"Ela parecia estar vindo com bastante influência de Sul, e ao longo do tempo no pico eu fui me ligando que direção é um elemento importante em Teahupoo. Se a onda vem de Oeste ela fica mais curvada no bowl, com aquela esquina, e fica mais rápida e perigosa. Se ela vem mais de Sul, vem enroscando aberta e com a boca virada pro fundo, não tão curvada em direção à praia..."

Leia o resto da história contada ao Sílvio Mancusi, aqui.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Perú

Peel - The Peru Project. Novo filme na praça.

O Perú é logo ali. Picos com ondas intermináveis a cada curva da estrada. Ondas perfeitas sem crowd. Encontrei este site promovendo um filme sobre o Perú.

Segundo o release, é mais um filme produzido pela família que fez história em termos de filmes de surfe - os Brown (leia-se Endless Summer). Dá pra ver um trailer, clicando aqui. Não sei se o filme é bom. Mas o tema muito me interessa: em novembro vou passar uma semana lá.

domingo, 20 de agosto de 2006

Que bonito foi, que bonito é

Além do silêncio hoje à noite, além da profunda, dolorida e inevitável decepção (que não seria tão dolorida se não tivesse havido três vezes a ressurreição da esperança, no gol do Edcarlos em São Paulo e nos dois gols tricolores no Beira Rio), não sei qual será a reação do torcedor sãopaulino à essa derrota. Espero que não seja injusta: o time perdeu, mas não foi “um fracasso”.

Mas o Inter, que bacana... Foi aguerrido como é indispensável ser, mas não foi destrambelhado, desvairado, salve-se-quem-puder. Agüentou o nervosismo, a pressão a favor, o desfalque punitivo. Que “mania” o Tinga tem de ser expulso em jogo decisivo...

Leia o resto do texto da Soninha clicando aqui.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Prometo que já volto ao surfe!

Esta era a visão a partir do ponto em que eu estava, na fila, às 16h30 de ontem.

Não se preocupem, eu não troquei de esporte. É só que de uns tempos pra cá o meu Inter começou a me fazer sentir adolescente outra vez, época em que ganhava tudo o que tinha pela frente. Inevitavelmente, voltei a ter prazer em torcer.

Mérito das duas gestões mais recentes. Boas administrações levaram o clube ao estágio em que está hoje: campeão da Copa Libertadores da América, ocupando a segunda posição na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro (jogando com os reservas) e com 40 mil sócios em dia, garantindo ao clube um faturamento mensal de mais de um milhão de reais.

Ontem fui ao estádio e enfrentei o total de 9 horas praticamente sem sentar. Deste total, duas horas foram na fila, esperando os portões do estádio abrirem e o resto, pulando, torcendo e vibrando.

Tirei fotos e fiz alguns filmes. Para livrar vocês deste papo de futebol, vou tentar postar agumas imagens interessantes aqui. Depois eu prometo (tentar) voltar ao surfe.

Quando o Inter entrou em campo, encontrou um Beira-Rio Lotado e vermelho!

Quando eu falo lotado, quero dizer, "abarrotado"!!! 56 mil pessoas!

Nação colorada, campeões da América e rumo a Yokohama!

Ingresso (verso)
Ingresso (frente)

Eu disse que já sabia!

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Futebol ou guerra?

Ambiente de guerra onde deveria haver só sorrisos e diversão. Foto: www.intenacional.com.br

Já faz uma semana. Confesso que ouvi muita merda depois das cenas lamentáveis protagonizadas por parte da torcida gremista no Grenal do domingo passado.
Além disso, muito já foi dito e muito já foi falado nos meios de comunicação.

Então eu não vou comentar nada aqui. É só que encontrei três textos fantásticos, escritos por gremistas que, antes de serem fanáticos e cegos - como os dirigentes tricolores que falaram asneiras até não poderem mais - são pessoas normais e também ficaram horrorizadas com tudo o que aconteceu. Seus textos defendem que há muito mais naquilo que se viu, do que simpleslente uma desavença entre torcidas. E eu concordo com eles.

Bomba lançada pelo inimigo no campo de guerra? Não.
Apenas um banheiro químico incendiando. Foto: www.intenacional.com.br

Leia os textos do Hélio Sassen Paz aqui e aqui.

Observem que na foto acima, pode-se perceber que a "turma da balburdia" está
concentrada no seu ato de selvageria e não no jogo. Foto: www.intenacional.com.br

Leia o texto do Tiagón Casagrande aqui.

domingo, 6 de agosto de 2006

Ponto de vista

Foto: Sickshots

Quem já viu, viciou.
Quem nunca viu, persegue.
Quem não pega onda, jamais vai entender.
O tempo para. O som inexiste.
É como um transe.
E o transe parece durar uma eternidade.

Sob o meu ponto de vista,
viver este momento é
emocionante,
extasiante,
inesquecível
e indescritível.

Sickshots

Clica no título e curta!

Sem comentários

G-Land

sábado, 5 de agosto de 2006

15 anos de internet!

Clique no título (ou aqui) e vá até o site da BBC. Depois da página carregada, use as flechinhas
à direita ou esquerda para navegar pelos 15 anos de história da internet.

Porto Alegre é demais!

Visual típico de cidades turísticas. Alguém aí lembrou de Sidney?

O seu browser mostra uma sigla ali em cima, na barra de endereços? RSS? Pois é. É a maior invenção depois da própria internet, na opinião deste que vos escreve.

Eu não vou dar uma explicação técnica. Vou simplesmente dizer que o site que possui esta sigla, ofecerece o recurso de se conectar com um programa leitor de RSS. Na prática, significa que este programinha, o tal leitor de RSS, ao ser aberto com o seu computador ligado à internet, faz uma varredura em todos os sites cujos endereços você cadastrou e lhe apresenta, sob a forma de tópicos, as primeiras linhas da cada nova postagem (no caso de blogs) ou notícia (no caso de site de notícias).

Significa que você não precisa mais abrir determinado endereço para ver se há alguma coisa nova lá. Quando houver, o leitor de RSS lhe avisa. No caso de um blog como o Tracks, que às vezes fica semanas sem dar sinal de vida, é uma ótima solução (apesar de que eu gosto de imaginar que você vem aqui todos os dias me dar um oi).

E mais: você pode organizar os assuntos em pastas. Assim, eu tenho a pasta "Surf Blogs", outra com o nome "Mac" e assim por diante. E foi assim que, numa destas pastas surgiu o assunto motivo deste post aqui.

O blog sódesign, do Giuliano, é muito bacana. Difícil encontrar um dia em que o cara não publique alguma coisa interessante.

Hoje encontrei esta notícia sobre Porto Alegre, que é demais (Porto Alegre e a notícia).

domingo, 16 de julho de 2006

Tô com tempo!

Veja mamãe! Estou na capa da Surfer!

Esta estória de ter que ficar em casa me recuperando de uma forte gripe está me dando idéias...

Ontem estava aqui, matando mais um pouco de tempo e encontrei esta brincadeira oferecida pela Surfer, "Monte sua própria capa". Surfe + design, gostei. Fui lá brincar. E não é que o negócio é bem feitinho? Ao acessar o endereço, um verdadeiro software gráfico se monta na tela, com direito a escolher uma foto sua ou de uma galeria deles. Você também consegue escolher textos, cores, rotacionar tudo e sabe-se lá mais o quê.

Montei duas capas para mim e agora aguardo os votos dos internautas para, quem sabe, chamar a atencão dos editores da Surfer e ser contratado como o novo diretor de arte da revista. Ok, estou brincando. Mas seria legal ver uma das minhas capinhas ganharem destaque. E olhem que, modéstia lá e eu cá, tem muita coisinha ruim ganhando voto ali...
Mamãe! De novo!

Agradeço o Noronha pela foto e o Torrano pela ilustração. Caso ganhe um biscoito, divido com vocês!

domingo, 9 de julho de 2006

Azurra!

Perdedor e fumante. Ou fumante perdedor. Ou ainda, todo fumante é um perdedor.

Leia meu nome com atenção e tente adivinhar para quem torci nesta final de copa do mundo. Errou! Torci para os franceses. Por dois motivos: para que a distância entre a seleção brasileira e qualquer outra, em número de títulos permanecesse segura (a França seria apenas bi-campeã, caso vencesse) e porque aprendi a admirar a elegância e técnica do Zidane.

Deu tudo errado. A azurra venceu (e agora está a apenas um título de nos alcançar) e o Zidane deu uma de argentino. Aliás não. Na verdade argentino é malandro e não vai expulso. O cara vacilou e saiu pela porta dos fundos do futebol. Que feio.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Ondas artificiais

Segundo a previsão no site da RonJon, o primeiro teste com a piscina média, do Surfpark que estão construindo, acontecerá nas próximas semanas. Pra mim, o buraco acima ainda está muito crú! Mas como não entendo nada de engenharia, acredito neles. Mal posso esperar pra comprovar se a onda com o Versareef vai ser tudo o que dizem.

Observe na foto acima os quatro buracos por onde a energia gerada pelas 4 turbinas sairá. E veja também que na frente deles há uma espécie de degrau. Provavelmente para a energia "tropeçar"e se transformar em onda.
Especulando e dando uma de "metido", chuto que aqueles 4 canos que pode se ver na imagem acima, servem para levar a água de volta às 4 turbinas.

A piscina é a "média". Olha o tamanho do buraco. Imaginem o tamanho da cratera que terão que abrir para a piscina grande...