quarta-feira, 18 de abril de 2018

WCT - Margaret River

Postura séria quando o assunto é: SURF

WSL - FCS2 (Por Renato Ferreira Sachs)


Se compararmos o round 1 de Bell´s, que teve somatório dos vencedores das 12 baterias de 150,34 pontos, contra os 114,74 de Margaret River, chegamos a conclusão básica de que mais uma chamada/call foi errada. A desculpa de que ninguém perde no round 1 está se tornando um escudo para os erros de chamadas. Não posso crer que com tantas informações relacionadas a previsões, os camaradas fizeram o absurdo de dividir o primeiro round em 2 dias. Quando o oceano terá condições iguais de pressão e vento em 2 dias diferentes? Até os pensamentos e estratégias devem ser mudados. Nosso esporte não é igual ao tênis, que a quadra fica parada/estática e a rede não muda de lugar. 

Quanto ao round 1, o Ian teria passado 70% das baterias com a sua média. Quem trocaria o Gudauskas pelo Jack Robinson no circuito? Eu trocaria fácil ...mas como as arenas são diferentes/nível no WQS para o WCT, este guri vai penar para entrar na elite, pois ou ele desaprende a surfar, ou será um eterno freesurfer. O 7.33 do Gabriel foi menosprezado pelos juízes que deram a mesma nota pro Julian em outra bateria, numa onda de tubo que a prancha ficou aparecendo quase todo o tempo e teve uma pequena e rápida placa no final, inclusive nesta bateria, se o Jesse conseguisse finalizar as suas ondas, ele teria passad. Yago sumido!!! Alguém avisa ele que não precisa entubar se não tiver tubo, pode mudar a estratégia. 

Já no round 2, Ítalo x Pupo foi a bateria do evento em termos de disputa e diferenças de estilo, linhas curtas x linhas longas, lindo de ver ( eu amo o Bourez nestas condições!!!) Yago x Colapinto, não estamos acostumados a ver estes 2 com pranchas grandes, os 2 surfaram com paciência, manobras longas e sólidas. Rodrigues consegue fazer um estrago violento mesmo em ondas pequenas, o cara eleva o limite.


Acertado o primeiro cancelamento de prova em função da atividade dos moradores e locais do oceano, ou seja, os Tubarões, que estão no seu habitat natural, nós somos invasores ou convidados? Alguém sabia que esta é a época do ano que chamam a "Estação do Salmão", eu nem imaginava. O Jay Davies surfista profissional da região que tocou no assunto, eles (surfistas locais) deixaram claro que não entendem a data da janela do evento (falando em calendário/logística: porque o circuito que esta no Oceano Índico vem para o Brasil e depois volta para Bali?). 

Neste momento me lembrei da entrevista do MF falando que nunca mais voltaria para Margaret, então porque existe a etapa? $$ do Governo Australiano? Pode ser... Nesta hora o meu herói se mostrou gigante! Enquanto os outros capitães se mostraram sargentos, Medina foi ao ar, lançou um post questionando a segurança na área do evento, tanto na competição como nos treinos, foi de uma atitude digna de quem não tem medo da política, "Ídalo" se lançou em seguida, motivado pelas palavras do campeão. "Precisamos cuidar da vida dos atletas". Sábia decisão da WSL em cancelar o evento, ordem superior do Sr. Dirk Ziff. 

Se o Gabriel e o Ítalo forem punidos pelos seus chamados, o que deveria ter sido feito na década de 80 e 90, quando os atletas não competiam/boicotavam as etapas da Africa do Sul em virtude do Apartheid? O mundo surfístico está preocupado com a liderança esportiva e política dos brasileiros! Com as saídas do Slater e MF, a preocupação está grande. Agora, se os camaradas querem emoção, a Etapa mais violenta do tour, com roubo, assalto, bala perdida e exército na rua só está á um mês de acontecer.

Um comentário:

renato ferreira sachs disse...

Parabéns para WSL em finalizar o evento em Bali/Uluwatu.