Ídalo....Ídalo....porque começaste o evento que traria o Surf de volta para um dos melhores arquipélagos do Planeta com o pé esquerdo? Tu já sabia que iria terminar da mesma maneira? A troca de direção não seria somente no trânsito local, mas também na perfórmance (a última onda surfada por ele como regular é melhor do que qualquer onda surfada por mim).
Estamos celebrando o retorno da Indonésia com uma festa espetacular. Mesmo do lado "errado" da ilha (temporada ideal para Keramas é no segundo semestre), as doses homeopáticas diárias no horário nobre da tv me fez delirar com os meus heróis nas melhores condições possíveis, começando com tubos e acabando no ar.
Começando o show, 2JJF teve um wake up call, nos chamou a atenção com a sua brabeza, com as condições no momento de 5 a 6 pés, período alto a estratégia se tratando de um lugar maravilhoso é a básica: espera a bomba que ela virá, mesmo sem a prioridade tu tem a oportunidade de fazer a nota.
Mas a natureza começou a dar sinais que a festa seria diferente, a gigante Surfline começou a se preocupar, porque ao contrário, o site concorrente Magicseaweed mostrava a realidade nas suas previsões. Gabriel ganhou a bateria com um total de 5.60 e acabamos tendo o pior round 1 do ano até agora. Os somatórios foram desesperadores.
Jordy surfava como se estivesse em Trestles, Joan Duru com a sina de ter o quarto melhor somatório, mas não suficiente para passar de fase, e as condições se deteriorando, estamos na Indonésia, a janela de espera é grande, para tudo e recomeça nos próximos dias....
Pausa obrigatória: FIJI estava GIGANTESCO e PERFEITO, Kelly Mal Educado Slater, já estava havia 2 dias na ilha do amor esperando o swell mágico, claro que avisou os seus lacaios em cima da hora para chamarem um alternate....todo o planeta sabia que Cloudbreak estaria maravilhoso entre os dias 25/05 até 20/06, era só olhar os campeonatos anteriores, é a janela mais fácil do calendário, podem marcar as passagens para 2019 que estará lindo de se ver.
Jordy surfava como se estivesse em Trestles, Joan Duru com a sina de ter o quarto melhor somatório, mas não suficiente para passar de fase, e as condições se deteriorando, estamos na Indonésia, a janela de espera é grande, para tudo e recomeça nos próximos dias....
Pausa obrigatória: FIJI estava GIGANTESCO e PERFEITO, Kelly Mal Educado Slater, já estava havia 2 dias na ilha do amor esperando o swell mágico, claro que avisou os seus lacaios em cima da hora para chamarem um alternate....todo o planeta sabia que Cloudbreak estaria maravilhoso entre os dias 25/05 até 20/06, era só olhar os campeonatos anteriores, é a janela mais fácil do calendário, podem marcar as passagens para 2019 que estará lindo de se ver.
Round 2 na água com Toledo e Ídalo nos dando dor de barriga, Kolohe deixando passar a onda salvadora e vendo o Mickey se divertir, os tubos começaram a sumir, Ian me pareceu com uma prancha um pouco longa de mais para as manobras que o mar pedia, coisa que o Wilko soube analisar e executar umas 10 vezes por onda no sentido 12 hrs. Jesse estava mostrando as suas garras, Ezekiel, cruz credo, o que ele fez com a coitada da direita, o havaiano peso médio abriu a onda em 2 partes. Rodrigues x Yago 10 ondas contra 7 surfadas no total, contagem absurda de ondas, briga aberta, alta performance e fome estavam de mãos dadas, Yago se tivesse forçado um pouco mais o pé de trás teria notas melhores....Thomas sendo Thomas, veloz, preciso e bordas alinhadas, um dos poucos a saber a utilidade das quilhas de fibra de vidro, controle e força trazendo equilíbrio para o seu corpo.
Round 3, Jesse foi para as alturas e desferiu um 9 contra o 2JJF, o mais assustador não foi o momento da manobra, mas a linguagem corporal do Paulista achando que não tinha ganhado a nota, coisas obscuras no mundo do julgamento. Eu amo Bourez, o Willian sem a prioridade achou uma onda intermediária e usou tanta força que mandou a mesma de volta ao lugar de origem. Owen ganhando 5.17 por um "não tubo", vai entender...A falta de vontade do pessoal do segundo andar em soltar as notas com os camaradas de pior ranking é algo digno de estudo. Mickey e Colapinto estragando a festa de alguns. Gabriel brutal, muita, muita força e flexibilidade, as pranchas dele são uma extenção natural dos seus desejos. Mineiro x Parko, o 7.73 do brasileiro foi de uma violência sem precedentes, já o 7.53 do australiano, muito bem surfada, 5 manobras, mas parecia que eu tinha voltado aos anos 80. Pior ainda se compararmos o 7.77 para o Tubo e 2 rasgadas absurdas do Flores, então vem o Jordy, coloca os pés na prancha, tubo + rasgada + estilo e ganha um 9.43, tudo desproporcional no segundo andar.
Round 4 o mar continuava dos sonhos, quando os 2 melhores brasileiros do evento, Ídalo (80 % da sua forma) e Toledo (70 % da sua forma) surfariam juntos, mas graças a Deus os 2 teriam chances de passar para o próximo round. Nesta bateria achei que o Mineiro precisaria achar uma maneira de jogar mais água para o céu, assim chamaria mais a atenção. Kelly Mal Educado Slater não estava fazendo falta!!! Bourez quebra a sua prancha mágica (melhor prancha que teve na vida, segundo as suas palavras), suas atitudes davam a entender que tinha perdido um parente próximo, fiquei me perguntando: as Firewire não são construídas em uma linha de produção onde todas são idênticas? Pelo jeito não...O tempo foi passando e garfearam o maior mamífero do tour, tudo conspirando para o wild card permanente e novato do Clã Wright, logo em seguida, como se não bastasse anabolizaram a primeira onda a favor do Jordy contra o Toledo, que claro se desmotivou.
Ídalo é o aluno que todo mestre gostaria de ter: disciplinado, carismático e um dom fora do normal, o Pinga deve falar: bate 5 vezes na onda de um jeito que as pernas irão pegar fogo, quando der sai voando, mas não baixa de 2 metros de altura, repete em todas as ondas, escutou? Como se não bastasse ele faz tudo que o técnico pediu e acrescenta o modo perfeição, é de uma delicadeza e força no seu surf que ninguém consegue entender. Já que a Billabong apostou no guri, aproveita e abre o cofres, investindo no seu Shaper, o T. Patterson, fabricante da velha guarda de San Clemente, a água da região é muito boa, só tem peso pesado quando o assunto é prancha boa.
Quanto ao troféu precisaríamos de um texto a parte, só posso dizer que roubaria, mataria, esconderia a parafina do concorrente para ter a oportunidade de ter um trófeu destes. Empata com o antigo chapéu de Samurai do Pipe Master.
Vamos celebrar a Indonésia, nós surfistas sonhamos e sabemos que temos 2 templos sagrados: Hawaii e Indonésia, o Tour ficaria lindo, divertido e progressivo com mais etapas por lá, poderiam fazer que nem o BWWT, quando tiver ondulação chama todo mundo, ninguém vai deixar de aparecer no line up.
Pergunta que não quer calar: Quem pagou a conta da Etapa de Uluwatu? continuação da etapa de Margaret River, foi dinheiro do Governo Australiano? Pois as garantias para realização do evento sempre são pagas com meses de antecedência e este evento foi anunciado faz 2 meses...
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