terça-feira, 25 de abril de 2006

Surfe na cidade

O sistema de geração de ondas "Groundswell" vai criar ondas perfeitas com tamanho
variando entre 2 e 8 pés que poderá ser definido a um simples apertar de botão. Fonte: Surfdome


Quem me conhece sabe como tenho batido nesta tecla: o futuro do surfe está no interior, longe do litoral. Com o crescimento da população surfística mundial, não há com negar que um dia faltará espaço dentro d´água pra todo mundo. Aliás, na minha praia já faz tempo que isto vem acontecendo.

Muito já se falou sobre piscina com ondas. Muitas foram construidas e algumas até receberam etapas do circuito mundial, mas quem é surfista, nunca gostou do que viu: ondas pequenas, cheias e fechando. É claro que se levarmos em consideração a distância da praia, às vezes ter uma onda "cheia e fechando" destas, até pode ser uma boa idéia. Mas ondas assim, enjoam.

Daí surgiu a ASR e o Dr. Kerry Black. O cara é um legítimo professor Pardal, cheio de PHD´s e entendedor de tudo o que está ligado ao oceano. Pra começo de conversa, o cara mora bem: de frente pra Raglan, na Nova Zelândia. Já pensou?
Uma piscina com 75m pode ser usada para sessões de surfe,
apresentações profissionais e até competições transmitidas pela TV, com horário
sem a necessidade de período de espera. Fonte: Surfdome

O que o Dr. Kerry Black fez, foi copiar a descrição dos fundos de picos famosos (Pipeline, Teahopoo, Trestles, etc.) para o computador e desenvolveu um produto chamado Versareef - um fundo artificial para ser instalado no fundo das piscinas com ondas. O melhor de tudo é que o sitema Versareef pode ser controlado pelo computador de maneira que à medida em que move-se o fundo, pode-se simular ondas características daqueles picos famosos estudados pelo Dr. Black.
Depois disto, a ASR firmou uma parceria com a maior desenvolvedora de piscinas com ondas do mundo: a ADG. Foi como juntar o arroz e o feijão. Mistura fina. Par perfeito. Nunca mais as ondas de piscina serão pequenas, gordas e fechadeiras. A promessa do Dr. Black, é que uma piscina equipada com o seu Versareef, pode criar ondas tubulares, abrindo e com até 8 pés. Alguém aí precisa mais do que isto?
O fundo da piscina, com a tecnologia Versareef, pode ser reconfigurado para
mudar a forma, tamanho e direção em que a onda quebra. Fonte: Surfdome


O primeiro projeto a sair do papel, fruto desta parceria, está à pleno vapor na Flórida e tem previsão de abrir as portas agora, em maio. Será o RonJon Surfpark.

Os inglêses também estão correndo para ter a sua.
E nós?

quinta-feira, 13 de abril de 2006

terça-feira, 11 de abril de 2006

O que que é isso, de novo!

Só mudou o lado. E segue bombando! Foto: Ondas
Confesso que hoje me doeu. Quando cheguei no escritório e vi o que estava rolando em Tramandaí, deu vontade de largar tudo e sair correndo pra lá.
Espelho, espelho meu, existe esquerda mais clean do que esta? Foto: Ondas
As fotos não mentem.
Espressos quebrando sozinhos. O tortura...Foto: 4Surf
E o filme, que você pode baixar aqui, mostra o local Fernandinho,
fazendo aquilo que eu gostaria de estar fazendo...

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Projeto Uruguai - Parte IV

Aquela direita que aparece no fundo, é La Pedrera, em La Paloma.
Neste dia, ela tinha 1 metro e não havia ninguém na água
quando chegamos, por volta das 10h. Sonho.


Na verdade estou me amarrando para começar a despejar tudo o que aconteceu na viagem, porque eu queria poder mostrar para vocês o que aconteceu dentro d'água também, mas o Miguel Noronha, fotógrafo que nos acompanhou está me cozinhando.

Então vou continuar mostrando algumas cenas de fora d'água.

Na foto acima, um jabá para a StickyIirada, que me fornece parafinas. Aliás, mesmo que não me dessem, iria usar. Vou te contar: pra segurar naquela água oleosa e gosmenta em que surfo todos os finais de semana, só sendo muito boa mesmo. Além disso os caras já entenderam: eu gosto de parafina mole. Gosto de senti-la se mexendo entre meus dedos dos pés. Assim, mesmo depois de horas, ela ainda segura bem. Só tem um problema: não há calção nem roupa de borracha que resista: vai ficando tudo cheio de restos de parafina. E como é mole, se encostar alguma coisa, suja. Aproveitei a caixa de parafina que levei e distribui entre a turma. ninguém se queixou - não sei se porque sendo de graça sempre é bom ou porque gostaram mesmo. Além disso, a água uruguaia é limpa, portanto mais fácil da parafina segurar.

Os uruguaios só encucaram com o slogam na embalagem: "A parafina que é gringa". Os caras não estavam entendendo: "como assim, gringa? Ela é americana?" Na hora fiquei em dúvida no que responder, afinal de contas tratava-se de um produto importado, para eles...

O que que é isso?

Acabei de publicar o post abaixo e vejam o que descobri no site Ondas do Sul: continua clássico - talvez melhor do que ontem! O único senão é que está nublado (mas quem liga para isto?).

Clica aqui para visualizar um filmezinho das ondas, hoje (precisa do Quicktime para assistir).

Segunda-feira

Honolua Bay (de um ângulo que eu nunca tinha visto) Foto: Sean Davey
Até os picos mais famosos - como Honolua - tem seus dias sem onda.
O que os faz famosos, são as ondas que quebram nos dias bons.


No ano passado, Tramandaí quebrou com qualidade, de março até agosto, sem pausa. Tô começando a achar que 2006 vai repetir a dose. Março foi razoável. Mais para bom do que para ruim - o que é ótimo (se é que me entendem). E abril tá f...! Final de semana passado, contaram-me que estava clássico (eu estava voltando do Uruguai) - e os locais me contaram que quebrou a semana toda. Neste final de semana que passou, eu diria que estava inacreditável. Ondas perfeitas dos dois lados do pier, água morna, sem corrente e o mais importante: não baixou de 1 metrão - ontem algumas tinham quase 2m!!

Num final de semana em que assisti o meu time entregar um jogo de final de campeonato, nada como boas ondas para acalmar a frustração futebolística.

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Bocadito

Bocadito: preciosidade uruguaia.
Enquanto o "retratista" como apelidamos o Miguel Noronha, fotógrafo que nos acompanhou na viagem para o Uruguai, não envia o material que realmente interessa (fotos de ação), começo a contar para vocês um pouco do que aconteceu fora d'água.

Sem dúvida, o "personagem" mais importante desta aventura foi o Bocadito. Apesar de já ter estado por lá várias vezes, confesso que não conhecia esta preciosidade.
Para um chocólatra como eu, foi uma descoberta e tanto. Comprei uma caixa deles na volta e estou poupando-os como se nunca mais fosse possível encontra-los. Hoje mesmo comi um pela manhã e me deu uma certa tristeza ao perceber que só restam mais quatro - e o pior: a Lú, minha esposa, adorou. Portanto minhas jóias estão sob perigo.
Pensando bem, acho que vou trocar aqueles quatro de lugar...

Cheiro de Perú

Foto: Walter Schindel
Quem já esteve no Peru, olha esta foto e se sente lá....
dá até pra sentir a temperatura, o cheiro, o clima....

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Arteiro

Sou um cara de sorte. Estou rodeado por gente talentosa.
Ilustração por Milano

Volta e meia publico aqui desenhos do meu amigo Torrano. Pois não é que dia desses "tropecei" no Milaninho...? O cara foi minha primeira referência em termos de ilustração no surfe.

Lembro como se fosse hoje, que o primeiro campeonato que venci, tinha no cartaz e na camiseta, uma ilustração feita pelo Milano. Era demais. O desenho era em alto contraste, preto e branco e a camiseta era azul. Usei tanto que gastei. Não sei o que era mais importante: o fato de andar com uma camiseta cujo campeonato eu havia vencido (e foi minha primeira vitória) ou o fato de ser uma legítima camiseta de surfe, com logotipo na frente e um puta desenho nas costas...

Bem, o fato é que o Milaninho continua um às da ilustração. E se o cara já era bom com uma caneta nanquim, imagine o que ele consegue fazer com o fotochópi. Esta ilustração aqui em baixo é um absurdo.
Tenho muitas outras. Vou publica-las aos poucos.
Milaninho = milagraf@ig.com.br

domingo, 2 de abril de 2006

Big Chile

Diego Medina em Punta Lobos, Chile. Foto: Phillip Muller

Ondas gigantes são algo tão longe da minha realidade que normalmente não dou muita bola para as notícias sobre elas. Mas depois que vi esta foto e li a matéria no Waves, decidi que esta merecia um post aqui.

Fiquei impressionado. Punta Lobos? Um chileno? Macacos me mordam se o surfe não está definitivamente tornando-se, digamos, globalizado...