domingo, 28 de dezembro de 2008
Natal
Natal, época de correria, de rever os parentes, de surfar todos os dias, de tostar no sol, de matar as saudades da praia, de perder os kilos extras adquiridos durante o inverno, de gastar além da conta com presentes e as contas da época (IPTU, IPVA, etc.), de planejar, de refletir, de dormir muito, de ler os blogues que costumava ler quando sobrava mais tempo, de ler todas as revistas que se empilharam nos últimos meses, de terminar de ler aqueles livros que me encaram há horas e, finalmente, de postar algumas pérolas neste blogue que tem andado tão esquecido.
Aproveitando o papo, copio abaixo um pedacinho de texto do blogue do Mário Amaya, que li hoje. Achei bem legal. Mas vale ler todo o resto, clicando aqui.
"12. Todo agente de serviço público que o ignorou e maltratou ao longo do ano pede caixinha com um sorriso imaculado. Toda empresa privada que o explorou e manipulou ao longo do ano faz anúncios com mensagens bonitinhas de fraternidade. As pessoas mais falsas e politiqueiras da sua empresa são as que com mais afinco se encarregam de enviar spams cafoníssimos de cartões virtuais para todo mundo. Do governo só não se ouve nada porque as férias deles começaram em novembro."
sábado, 13 de dezembro de 2008
Nove
“My season is all about nines,” Slater said.
“Winning this event nine years later, I needed a 9th in the ninth event of the year
to win my 9th ASP World title, it's crazy." Foto: ASP
“Winning this event nine years later, I needed a 9th in the ninth event of the year
to win my 9th ASP World title, it's crazy." Foto: ASP
O mais incrível desta estória toda, é que o mesmo sujeito que apresentou ao mundo uma nova forma de atacar a onda, há pelo menos 10 anos, continua sendo o mesmo, ainda inventando maluquices (ou não), como surfar Pipeline grande e cavernoso numa 5'10" ou entubar de joelhos para encaixar melhor no tubo - não que ele fosse pequeno.
Grab rail? Lay back? Que nada, vai de joelhos que encaixa melhor! Foto: Surfline
Kelly Slater, "careca" para os íntimos (como você e eu), é um exemplo de superação, eficiencia, concentração e determinação. Ninguém, em nenhum outro esporte, jamais conseguiu se manter tão à frente do bolo como ele. E por tanto tempo. Assisti todas as competições vencidas por ele em 2008 e não tenho a menor dúvida ao afirmar: o sujeito nunca surfou tão bem como agora. Do jeito que a coisa vai, se ele quiser, o "dez" vem facinho, facinho.
Pipeline quebrou "daquele" jeito no dia da final. Marrom, lisa e cabulosa. Foto: Surfline
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Imperdível!
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Teahupoo doméstica
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terça-feira, 7 de outubro de 2008
Exclusivas de Mundaka
Meu amigo Rodrigo, o BT, mudou-se para a Espanha no início deste ano. Antes de ir, estava com dois corações. Sabia que tratava-se de uma espécie de "up grade profissional". Ia assumir um posto importante dentro da empresa. Além disso, seus dois filhos teriam a oportunidade de crescer na Europa, fora, claro, o conforto para toda a família, de viver no primeiro mundo.
Mas por outro lado, estavam deixando para trás amigos, a convivência social, familiar e para o BT, a possibilidade de surfar com a turma.
Bobagem. De lá pra cá, ele só tem mandado notícias fabulosas. Nunca surfou tanto, tantas ondas boas. Final de semana fora de casa para a família, ora é em Londres, ora em Dublin. Os filhos estão super bem ambientados, na escola e na vida social e o melhor de tudo, é que eles descobriram que quando a saudade aperta, o Brasil nem é tão longe assim. E para nós, a Espanha nunca esteve tão perto.
Já estou acostumado a receber seus surf reports e várias fotos que chega a dar nojo. Como Mundaka é muito perto de onde mora, Bilbau, o BT deu um pulinho no WCT e providenciou este depoimento e fotos, exclusivo para o blogue:
"Seguem fotos do campeonato em Mundaka. Assisti a bateria do Adriano com o JP, estava vendo o mar desde 1,5 horas antes da bateria iniciar, inclusive o Occy estava na água, e posso garantir-lhes o Adriano não queria ganhar ou errou completamente a estratégia. Em primeiro lugar, estranhei ele entrar de round pin, acho que era o único com esta rabeta, mas é um assunto que domino muito pouco.
Mas estava vendo o surf e as ondas que tinham e a impressão que fiquei é de que ele estava esperando por uma onda que não existia, pelo menos não naquela manhã. Não bastasse isso, quando disseram para os surfistas irem para a água que a área estava limpa, o JP já estava entrando e o Adriano entrou somente uns 15 minutos depois.
Acontece que o JP já tinha pego umas 5 ondas enquanto o Adriano remava até o pico e isso fez com que ele conhecesse as ondas. Quando o Adriano chegou no pico, começou a bateria. A primeira série veio perfeita para ele, e era igual às melhores que eu estava vendo desde as 9h30, mesmo assim ele não foi e deixou o JP tirar um 7 e pico, depois ele voltou para o pico e quando entrou a próxima série, com prioridade para o Adriano, mais uma vez ele deixou passar e mais uma vez o JP pegou uma boa esquerda e pontuou 6 e pico, daí o tempo foi passando e ele foi pegar sua primeira onda quando faltavam menos de 10 minutos para terminar a bateria. Daí ele já estava na Kombi... Larguei de mão e me toquei para Biarritz.
Um abraço, BT"
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Fala, enea!
Disco quebrado, coleção de troféus, diga lá: nem sei mais como ironizar esta cena. Foto: Surfer
Jake Howard, da Surfer, pegou o Careca ainda molhado (opa!), recém coroado enea campeão (alguém avise a mocinha do programa lá que é enea, com a sílaba tônica no primeiro "e", por favor) e fez as perguntinhas de praxe, inclusive aquela outra lá, sobre o 10 e tal...
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Rato no surfe
Clica aqui para entender esta estória.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Hot 100
Já disse antes e repito agora: o guri está dando a volta por cima. Está compensando suas deficiencias com estratégia - muita estratégia - e já não é mais um azarão. Tanto que é o único a fazer companhia ao Careca como titular absoluto no meu Fantasy Surfer.
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terça-feira, 23 de setembro de 2008
9 chegando...
Clica aqui e lê (mas tem que ser hoje, porque amanhã esta postagem estará caduca).
Acrescento ao que não está escrito lá, o seguinte:
1) O careca não costuma amarelar em situações de pressão. E esta é uma delas;
2) Taj Burrow costuma amarelar em situações de pressão. E esta é uma delas;
3) Correndo por fora, temos o Mineiro, que mais uma vez dá pinta de chegar à zona do agrião;
4) Vale a torcida pro Pedra, ele merece.
1) O careca não costuma amarelar em situações de pressão. E esta é uma delas;
2) Taj Burrow costuma amarelar em situações de pressão. E esta é uma delas;
3) Correndo por fora, temos o Mineiro, que mais uma vez dá pinta de chegar à zona do agrião;
4) Vale a torcida pro Pedra, ele merece.
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sábado, 20 de setembro de 2008
Me fez refletir
O gaúcho Alfredo Barros — dono da Casa de Cinema de Porto Alegre —, está participando de um concurso de vídeos de 1 minuto (mini-metragens) da emissora RBS TV.
A protagonista do filme é a própria filha do Alfredo, de 10 anos.
O vídeo mais votado no site da RBS TV recebe o prêmio de júri popular. Quem gostou do trabalho dele, pode se cadastrar no site da emissora (necessário para controle de fraudes) e votar em “A Despedida”, usando este link.
Encontrei esta, aqui.
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terça-feira, 16 de setembro de 2008
Iutubi oficial do surfe
Segundo o e-mail que eu recebi da ASP hoje, foi lançada oficialmente a página da entidade no Youtube - "o único lugar na internet onde todos os melhores momentos de todas as competições oficiais poderão ser apreciados"...
Clica aqui e vai lá conhecer.
Clica aqui e vai lá conhecer.
Ilha dos Lobos
Agora me digam: não é falta de visão da prefeitura de Torres deixar de explorar este como sendo um dos melhores picos de surfe do Brasil?
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domingo, 14 de setembro de 2008
Backstage
Para ver algumas fotos do evento em Trestles totalmente diferentes daquelas que você já viu e ainda vai ver várias vezes em todas as revistas e sites, clica aqui.
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Cravando as bordas
Sabe aquela expressão "cravando as bordas"? Pois é. Examine a foto acima. Agora me diga: aquele "top pro" da sua praia local crava a borda deste jeito? Não? Hummmmm...entendo.
E ninguém tira este disco da vitrola!!
Frieza, determinação, qualidade, linha, surfe moderno e veloz, competência, competitividade, senso apurado para escolher a onda certa e muita, mas muita sorte. Estes requisitos e mais uma lista interminável fazem deste sujeito um perfeito animal competitivo. E um baita surfista. Nós surfistas estamos bem representados pelo Sr. Robert Kelly Slater. Foto: ASP
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quarta-feira, 10 de setembro de 2008
O disco quebrou!
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terça-feira, 9 de setembro de 2008
No ar!
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domingo, 7 de setembro de 2008
Outros tempos
Silvana Lima surfando como se deve. Foto: ASP
Acredite: houve um tempo em que assistir baterias do surfe feminino no circuito mundial dava sono. Agora examine a foto acima com atenção. A posição dos pés, a perna de trás esticada, o rastro...definitivamente vivemos outros tempos...
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Meia boca!
Não rolou por falta de ondas.....o quêêêêêê....??!! Foto: ASP
Estava contando os minutos para o início das corridas em Trestles. Domingão frio pra burro, vento sudoeste assoviando nas janelas viradas para oeste aqui no sétimo andar, não havia programa melhor do que sentar em frente ao computador com um saco de pipocas e uma guaraná.
Só que não rolou. Segundo o diretor do evento, Mike Parsons, apesar de estar rolando uma brincadeira, os próximos dias prometem ser muito melhores....
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Resumão
Tirando fora as cenas de surfe, que podem ser interessantes, trata-se de uma novela e, como tal, vai dar voltas e voltas sem sair do mesmo lugar antes de dar a acelerada final na última semana, quando normalmente a trama finalmente se desenvolve.
Sendo assim, o clipe acima pode ser considerado quase que um resumo. Assista-o e depois não perca a última semana de Três Irmãs.
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sábado, 6 de setembro de 2008
Surfer, Dude
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Notícias do bandido
Há bastante tempo, cliquei numa dica do Júlio e me dei bem. Realmente tratava-se de uma boa maneira de evitar transformar-me em apresentador do SporTV.
Tomei o cuidado de me cadastrar para receber as notícias das invenções do sujeito, Allam Weisbecker, por e-mail e nesta semana, fui surpreendido com uma matéria que deve interessar a vocês também.
Segundo Allam, Jack McCoy é um dos três melhores cinegrafistas do surfe de que se tem notícia e quem tem mais de 40 anos, tem a obrigação de assistir seus filmes. E completa com uma ironia, explicando para os que tem menos de 40, que "obrigacão significa que você deve assisti-los".
Assista um trecho de Buniyp Dreaming, com comentários de Jack, no blogue do Allan, clicando aqui.
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segunda-feira, 25 de agosto de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
Padang faz água
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quinta-feira, 10 de julho de 2008
Ok, eu me rendo!
O guri despachou os locais do pico pra seguir em frente. Foto: ASP
Quando o guri surgiu, eu juro que acreditava num futuro campeão mundial. Ele demonstrava aquela gana por vitória que só os campeões tem. Conquistava troféus como se fosse fácil. Bem, para ele, provavelmente era.
Daí, com esta naturalidade, classificou-se para o WCT vencendo o WQS com sobras. E já na primeira etapa, em Snapers, tirou um terceiro. Pronto. Tudo se confirmava, pensei eu, junto com meio mundo.
Ledo engano. O estilo estranho (caranguejex, de caranguejo) e a falta do uso das bordas comprometeu e o guri começou a despencar ranking abaixo. No ano passado, safou-se (classificando-se para o WCT via WQS) por pouco: venceu duas etapas de WQS, aos 45 do segundo tempo, em ondas ridiculamente pequenas. Que sortudo, pensei, arranjou duas etapas com ondas que só ele consegue surfar e está lá outra vez.
Mas a história reservou uma surpresa: o guri está dando um jeito de driblar a deficiência no estilo e na surfe "boardless" com uma estratégia de competição que talvez só perca para o careca, senhor todo poderoso das competições.
Tem competido de forma impecável e a sua primeira vitória no WCT, arrisco, é uma questão de tempo. Pouco tempo. E o release da ASP, que normalmente é resumidíssimo, mencionando apenas a "panela", já não se permite mais este direito. O guri virou figurinha fácil nestes textos:
"Brazil’s Adriano de Souza, who sits 4th on the ratings, continued his roll to take out South Africans Jordy Smith and Travis Logie today. 'I can't believe I won that heat,' de Souza said."
“To have two South African guys in my heat was really hard, they know this spot well. I was sitting out back waiting for the bomb and I got it and got a 9.00 which gave me the confidence to win the heat and beat Jordy. I've been on tour for two years, so I have more experience and I think that is how I won the heat.”
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sábado, 5 de julho de 2008
Neva givap!
Quando lhe dizem que você não pode fazer algo. . .
Dê uma olhada em volta. . .
Considere todas as opções...
Então vá em frente!
Use todas os recursos que Deus lhe deu!
Seja criativo!
No fim, você terá sucesso e provará que estavam errados!
Lembre-se sempre:
Nada é impossível,
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Nunca desista
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Vale a visita
Pronta para a trip
Se você é como eu e não abre mão de alguns confortos, volta e meia se pega frustrado por não conseguir se imaginar acampado em frente ao pico, dormindo ao relento e tomando banho num riacho próximo.
Bem, nossos problemas terminaram. A turma da Verdier preparou esta Kombi para nós!
Conheça melhor esta fantástica solução, clicando aqui.
Para assistir um tour virtual, clica aqui.
Bem, nossos problemas terminaram. A turma da Verdier preparou esta Kombi para nós!
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Inversão de valores no surf gaúcho - Parte III
Recebi um e-mail do presidente da FGS, comentando e respondendo as postagens publicadas aqui. Prometi ao Orlando que daria este espaço para ele poder se pronunciar também, afinal de contas este é um blogue democrático.
Vou publicar a mensagem recebida na sua integra. Não editei nenhuma linha. Acho melhor assim.
E aviso que esta é a última mensagem sobre este assunto que eu pretendo transcrever. O Tracks não é um local para discussões ou debates de terceiros. Aqui quem fala as bobagens ou quem acerta é o autor - que também é o alvo dos elogios ou críticas.
Portanto peço aos envolvidos que, se quiserem continuar com o debate, por favor, o façam de maneira privada. O Tracks voltará a partir de agora, à sua proposta original.
Segue o e-mail do Orlando:
"Questiono-me todos os dias, estou à frente de uma das mais importantes federações de surf da história nacional, e o que estou fazendo pelo surf gaúcho? O que me vem á memória é que há alguns anos o Estado estava mergulhado em um marasmo de eventos e realizações. Com o apoio de pessoas sérias começamos a reconstruir o surf no estado.
O primeiro ponto a ser trabalhado, era o surf amador, a base. Quando falo da base me refiro aos atletas de até 18 anos, aqueles que sonham com o surf profissional. E o que fizemos? Organizamos o calendário e o cumprimos a risca, com “migalhas de lobby político”, como alguns lunáticos dizem. Lunáticos, porque pensam na lua sem antes fazerem o dever de casa aqui na terra. Incentivamos as associações a realizarem campeonatos internos e também Amadores, algumas se organizaram e conseguiram realizar várias etapas ao longo do ano.
Pensando no futuro do esporte vimos à necessidade de envolvermos mais o seguimento do surf nas ações da FGS. Com a assessoria técnica da Fundação Conesul, propus a realização de um fórum de debates com representantes, lojistas, fabricantes e imprensa especializada para traçar novos rumos. Conduzido por mim e mediado pelo Marcelo Lopes, consultor da fundação, a primeira reunião foi um sucesso e várias metas foram traçadas, infelizmente, por disputas comerciais não foi possível dar seqüência a proposta. Espero que este texto reacenda a discussão.
Seguindo com o surf de base, começamos a pensar em como dar mais experiência aos nossos atletas e projetá-los no cenário nacional. A melhor forma seria atraindo competições importantes para o Estado e levando-os (diga-se pagando o transporte) para eventos nacionais. O que fizemos desta vez? Primeiro recuperamos a credibilidade do Estado junto as entidades nacionais (CBS e ABRASP), levando os nossos atletas amadores nas etapas do Circuito Brasileiro Amador (Maresia-SP, Stella Maris-BA e Matinhos-PR) e depois realizando três etapas do Circuito Gaúcho Profissional, colocando mais um gaúcho,Pedro Gross, no Super Surf de 2007.
Só com estas realizações já estávamos reconstruindo o surf gaudério, mas fomos além. Criamos um site oficial e um livro de regras foi postado nele. Iniciamos as transmissões ao VIVO dos eventos regionais (o primeiro Estado a fazer isso no BRASIL) e entramos de cabeça nas discussões sobre as áreas de surf e pesca. Aliás, antes de assumirmos já estávamos trabalhando, pois havia mais uma morte em rede no Estado (Xavier o último óbito-2005). Desde lá não fugimos do compromisso assumido. Buscamos as autoridades competentes e exigimos uma varredura do litoral e o cumprimento dos acordos até então firmados. A Brigada Militar percorreu o Estado de avião e lancha recolhendo todos os artefatos de pesca do mar.
No ano de 2007 traçamos a meta de fortalecer o que se havia conquistado e foi exatamente o que fizemos. O ano começou com a realização da primeira etapa do Circuito Brasileiro Amador, em Atlântida, dando assim a oportunidade para nossos atletas competirem com os melhores do Brasil em nossa casa. Resultado positivo, Vini Fornari ficou com a segunda colocação e por pouco não foi o campeão. A partir daí, continuamos o trabalho desenvolvido no ano anterior e levamos mais uma vez a equipe nas etapas do Brasileiro Amador no Rio Grande do Norte, Bahia e Espírito Santo.
No âmbito profissional realizamos o Circuito Gaúcho e Sul Brasileiro, distribuindo mais de R$ 50.000,00 reais e garantimos a vaga de mais um gaúcho, (Robson Gobatto) no Super Surf deste ano.
Nestes dois anos também buscamos o aperfeiçoamento profissional dos nossos juízes através de intercâmbios. Ora trazendo os melhores da CBS, ABRASP e ASP para trabalhar e palestrar aqui, ora mandando os nossos juízes para eventos nacionais e internacionais. Pela primeira vez na história um juiz gaúcho participou de um evento internacional da ASP fora do Estado. Luciano ”Fuka” de Matos foi ao Chile e além de representar muito bem a FGSurf voltou de lá como juiz ASP.
Já a questão das redes é um assunto complicado, que o diga o Virgilio, ex-presidente e atual Diretor de Segurança da FGSurf, que está nesta luta a muito tempo.Com o apoio desta gestão da FGSurf foi criada uma subcomissão na assembléia, pelo Deputado Vieira da Cunha, que culminou no Fórum de Tramandaí. Depois disso apresentei o Virgilio para o Deputado Sandro Boka que propôs a criação de uma Frente Parlamentar para harmonizar as tratativas entre os pescadores e os praticantes de esportes náuticos.
Harmonização é a palavra chave para um entendimento, porque até então a idéia era nós contra eles e não ao entendimento e divisão de espaços. Os pescadores são trabalhadores que necessitam do mar tanto quanto nós. Devemos sim, banir do estado os pescadores clandestinos e em minha opinião, temos que buscar alternativas para a pesca, retirando da orla as redes fixas e de passeio. Nessa linha de raciocínio conseguimos o entendimento em Xangri-lá, liberando mais de quatro quilômetros para a prática de surf no município.
Por fim a Governadora criou o Programa Surf Legal onde nomeou um grupo de trabalho específico a fim de elaborar um estudo para resolver estas questões, formado pela Secretaria de Turismo, Casa Civil, Assembléia Legislativa, Ministério Público, Brigada Militar e a Federação.
Neste ano permanecemos com a mesma determinação e comprometimento dos anos anteriores e a vantagem de já termos alcançados os objetivos iniciais, precisamos ter calma para avaliar as conquistas e traçar novas metas.
O Circuito Profissional vai muito bem obrigado, tendo distribuído até o momento R$ 65.000,00 e com a certeza de realizar pelo menos mais uma etapa, finalizando o ano como o Circuito Regional mais RICO do Brasil.
Os amadores começaram bem o ano, trouxemos uma etapa da Seletiva Rip Curl Grom Seach para Atlântida e uma etapa da Seletiva do Mundial Billabong Junior para Torres. Além de servir para esquentar os motores, nos coloca no mapa mundial de grandes competições e ainda da a oportunidade, mais uma vez, de intercâmbio para os atletas e juízes gaúchos. Neste ano o circuito está forte e com pelo menos seis etapas realizadas pela federação além das realizadas pelas associações que estão trabalhando em parceria com a FGS pelo desenvolvimento do surf.
Com tudo isso, estamos apresentando várias oportunidades para novos talentos surgirem e despontarem no cenário nacional, dando cada vez mais experiência e confiança para os nossos atletas. Mas sem continuidade no trabalho e sem representação no cenário nacional, os gaúchos não terão solidificadas estas conquistas.
Concluindo, tenho certeza de estar contribuído de forma eficiente e profissional para a segurança e o fortalecimento do SURF Gaúcho.
PS. Quem está invertendo os valores?
Orlando Carvalho
Presidente da Federação Gaúcha de Surf
WWW.fgsurf.com.br
orlandocarvalho@fgsurf.com.br
ascn@hotmail.com"
Vou publicar a mensagem recebida na sua integra. Não editei nenhuma linha. Acho melhor assim.
E aviso que esta é a última mensagem sobre este assunto que eu pretendo transcrever. O Tracks não é um local para discussões ou debates de terceiros. Aqui quem fala as bobagens ou quem acerta é o autor - que também é o alvo dos elogios ou críticas.
Portanto peço aos envolvidos que, se quiserem continuar com o debate, por favor, o façam de maneira privada. O Tracks voltará a partir de agora, à sua proposta original.
Segue o e-mail do Orlando:
"Questiono-me todos os dias, estou à frente de uma das mais importantes federações de surf da história nacional, e o que estou fazendo pelo surf gaúcho? O que me vem á memória é que há alguns anos o Estado estava mergulhado em um marasmo de eventos e realizações. Com o apoio de pessoas sérias começamos a reconstruir o surf no estado.
O primeiro ponto a ser trabalhado, era o surf amador, a base. Quando falo da base me refiro aos atletas de até 18 anos, aqueles que sonham com o surf profissional. E o que fizemos? Organizamos o calendário e o cumprimos a risca, com “migalhas de lobby político”, como alguns lunáticos dizem. Lunáticos, porque pensam na lua sem antes fazerem o dever de casa aqui na terra. Incentivamos as associações a realizarem campeonatos internos e também Amadores, algumas se organizaram e conseguiram realizar várias etapas ao longo do ano.
Pensando no futuro do esporte vimos à necessidade de envolvermos mais o seguimento do surf nas ações da FGS. Com a assessoria técnica da Fundação Conesul, propus a realização de um fórum de debates com representantes, lojistas, fabricantes e imprensa especializada para traçar novos rumos. Conduzido por mim e mediado pelo Marcelo Lopes, consultor da fundação, a primeira reunião foi um sucesso e várias metas foram traçadas, infelizmente, por disputas comerciais não foi possível dar seqüência a proposta. Espero que este texto reacenda a discussão.
Seguindo com o surf de base, começamos a pensar em como dar mais experiência aos nossos atletas e projetá-los no cenário nacional. A melhor forma seria atraindo competições importantes para o Estado e levando-os (diga-se pagando o transporte) para eventos nacionais. O que fizemos desta vez? Primeiro recuperamos a credibilidade do Estado junto as entidades nacionais (CBS e ABRASP), levando os nossos atletas amadores nas etapas do Circuito Brasileiro Amador (Maresia-SP, Stella Maris-BA e Matinhos-PR) e depois realizando três etapas do Circuito Gaúcho Profissional, colocando mais um gaúcho,Pedro Gross, no Super Surf de 2007.
Só com estas realizações já estávamos reconstruindo o surf gaudério, mas fomos além. Criamos um site oficial e um livro de regras foi postado nele. Iniciamos as transmissões ao VIVO dos eventos regionais (o primeiro Estado a fazer isso no BRASIL) e entramos de cabeça nas discussões sobre as áreas de surf e pesca. Aliás, antes de assumirmos já estávamos trabalhando, pois havia mais uma morte em rede no Estado (Xavier o último óbito-2005). Desde lá não fugimos do compromisso assumido. Buscamos as autoridades competentes e exigimos uma varredura do litoral e o cumprimento dos acordos até então firmados. A Brigada Militar percorreu o Estado de avião e lancha recolhendo todos os artefatos de pesca do mar.
No ano de 2007 traçamos a meta de fortalecer o que se havia conquistado e foi exatamente o que fizemos. O ano começou com a realização da primeira etapa do Circuito Brasileiro Amador, em Atlântida, dando assim a oportunidade para nossos atletas competirem com os melhores do Brasil em nossa casa. Resultado positivo, Vini Fornari ficou com a segunda colocação e por pouco não foi o campeão. A partir daí, continuamos o trabalho desenvolvido no ano anterior e levamos mais uma vez a equipe nas etapas do Brasileiro Amador no Rio Grande do Norte, Bahia e Espírito Santo.
No âmbito profissional realizamos o Circuito Gaúcho e Sul Brasileiro, distribuindo mais de R$ 50.000,00 reais e garantimos a vaga de mais um gaúcho, (Robson Gobatto) no Super Surf deste ano.
Nestes dois anos também buscamos o aperfeiçoamento profissional dos nossos juízes através de intercâmbios. Ora trazendo os melhores da CBS, ABRASP e ASP para trabalhar e palestrar aqui, ora mandando os nossos juízes para eventos nacionais e internacionais. Pela primeira vez na história um juiz gaúcho participou de um evento internacional da ASP fora do Estado. Luciano ”Fuka” de Matos foi ao Chile e além de representar muito bem a FGSurf voltou de lá como juiz ASP.
Já a questão das redes é um assunto complicado, que o diga o Virgilio, ex-presidente e atual Diretor de Segurança da FGSurf, que está nesta luta a muito tempo.Com o apoio desta gestão da FGSurf foi criada uma subcomissão na assembléia, pelo Deputado Vieira da Cunha, que culminou no Fórum de Tramandaí. Depois disso apresentei o Virgilio para o Deputado Sandro Boka que propôs a criação de uma Frente Parlamentar para harmonizar as tratativas entre os pescadores e os praticantes de esportes náuticos.
Harmonização é a palavra chave para um entendimento, porque até então a idéia era nós contra eles e não ao entendimento e divisão de espaços. Os pescadores são trabalhadores que necessitam do mar tanto quanto nós. Devemos sim, banir do estado os pescadores clandestinos e em minha opinião, temos que buscar alternativas para a pesca, retirando da orla as redes fixas e de passeio. Nessa linha de raciocínio conseguimos o entendimento em Xangri-lá, liberando mais de quatro quilômetros para a prática de surf no município.
Por fim a Governadora criou o Programa Surf Legal onde nomeou um grupo de trabalho específico a fim de elaborar um estudo para resolver estas questões, formado pela Secretaria de Turismo, Casa Civil, Assembléia Legislativa, Ministério Público, Brigada Militar e a Federação.
Neste ano permanecemos com a mesma determinação e comprometimento dos anos anteriores e a vantagem de já termos alcançados os objetivos iniciais, precisamos ter calma para avaliar as conquistas e traçar novas metas.
O Circuito Profissional vai muito bem obrigado, tendo distribuído até o momento R$ 65.000,00 e com a certeza de realizar pelo menos mais uma etapa, finalizando o ano como o Circuito Regional mais RICO do Brasil.
Os amadores começaram bem o ano, trouxemos uma etapa da Seletiva Rip Curl Grom Seach para Atlântida e uma etapa da Seletiva do Mundial Billabong Junior para Torres. Além de servir para esquentar os motores, nos coloca no mapa mundial de grandes competições e ainda da a oportunidade, mais uma vez, de intercâmbio para os atletas e juízes gaúchos. Neste ano o circuito está forte e com pelo menos seis etapas realizadas pela federação além das realizadas pelas associações que estão trabalhando em parceria com a FGS pelo desenvolvimento do surf.
Com tudo isso, estamos apresentando várias oportunidades para novos talentos surgirem e despontarem no cenário nacional, dando cada vez mais experiência e confiança para os nossos atletas. Mas sem continuidade no trabalho e sem representação no cenário nacional, os gaúchos não terão solidificadas estas conquistas.
Concluindo, tenho certeza de estar contribuído de forma eficiente e profissional para a segurança e o fortalecimento do SURF Gaúcho.
PS. Quem está invertendo os valores?
Orlando Carvalho
Presidente da Federação Gaúcha de Surf
WWW.fgsurf.com.br
orlandocarvalho@fgsurf.com.br
ascn@hotmail.com"
domingo, 25 de maio de 2008
Inversão de valores no surf gaúcho - Parte II
Na foto, Virgílio ao lado da atual governadora do estado, Yeda Crusius,
Rodrigo "Pedra" Dornelles e o deputado estadual Sandro Boca.
Foto: Arq. pessoal do Virgílio
Rodrigo "Pedra" Dornelles e o deputado estadual Sandro Boca.
Foto: Arq. pessoal do Virgílio
Virgílio Matos foi presidente da FGS naquele que foi considerado senão o melhor, um dos mais promissores períodos do surfe gaúcho. Época de Circuito Renner, de etapas do Circuito ABRASP, de circuitos de Associações com dezenas de etapas (cada) e sem dúvida, época responsável por gerar uma leva de gente importante para o surfe gaúcho, brasileiro e mundial - para terem uma idéia, o então head judge do Circuito Renner, era Renato Hickel, atual Tour Manager da ASP.
Com a palavra, Virgílio:
"Prezado Ki Fornari,
Li teu texto e gostaria de, se me permites, fazer algumas considerações e reflexões sobre o futuro do surf gaúcho.
A tua frase bem colocada "o surf gaúcho sempre enterrou sua história", eu complemento dizendo "Sem passado e história, não existe futuro", seja em qualquer cultura de uma comunidade, sociedade ou país na civilização ocidental e oriental.
Há quase 2 anos, iniciamos um debate trazido pela Fundação Conesul, sobre "Os caminhos do surf no RS", com a pergunta "Qual o futuro?".
Na primeira reunião, foram todos os principais lojistas de surfwear e surfshops, representantes de algumas marcas internacionais e nacionais, empresários das oficinas e fábricas de prancha juntamente o Orlando, atual presidente da FGS.
Pois bem, abriu-se o debate, alguns exaltados falaram com "grande conhecimento" de história (10 anos no máximo). Pedi a palavra e apresentei uma retrospectiva de 35 anos no nosso segmento, enumerando vários problemas em toda a cadeia produtiva.
Falando da Fundação da FGS e S, com a obra do Parque Marinha planejada pela entidade "a pista de skate", a maior do Brasil até hoje, passados 30 anos...
Se existisse continuidade naqueles debates com a participação de todos os envolvidos, teríamos união e, por fim, uma liderança chamada FGS. Mas a segunda convocação, por falta de visão dos envolvidos no segmento, foi um fracasso total e ninguém foi! O imediatismo continua imperando...
Enumerei, o seguinte:
1) Nunca tivemos sede (de fato e de direito) e sim uma sala fria e sem conforto e logística, sem condições de receber um empresário, lojista, político, atletas, reuniões etc. Os envolvidos com o segmento, sempre lucraram com a venda de produtos e imagem e nunca pagaram um centavo para a entidade fomentar o esporte, buscando um desenvolvimento e tornando-o auto-sustentável, seja com Impostos, taxas, contribuições, doações etc.
2) A FGS poderia, em seu estatuto, regularizar e criar Leis como "ECAD" de direitos autorais/músicas...
As Competições/Eventos, sempre foram 95% de patrocínio de Lojas de surfwear e surf acessórios, que sempre tiveram um ciclo curto de vida de cerca de 5 anos ou 10 anos no máximo. - Foi assim, nos anos 70, com a South Shore e Skate World. - Anos 80, com a Summer Dreams, Da Terra, Paradise, Raizes, Vela e Surf, no final da década a Surf Sul e, por fim, a Trópico nos anos 90. Agora a bola a "bola da vez" é a Planeta Surf.
Sempre buscamos estas "minguadas" cotas de patrô de empresas "não sólidas", que dependiam e dependem da venda do caixa diário, ou seja, pequeno varejo...monta e desmonta palanque...
Quando tivermos a visão e empenho de todos para buscar uma Indústria de fora de nosso segmento, com resultados práticos de mídia, no meio de 4 milhões de jovens gaúchos (dos 15 aos 26 anos) conforme IBGE, seremos a maior e melhor equipe de talentos do esporte da prancha, no Brasil.
Lembro que o nosso ícone da prancha, surgiu na Categoria Mirim (Rodrigo Pedra Dornelles), no Circuito Gaúcho, com 4 edições e que tinha patrocínio do Grupo Renner.
Planejamento de metas com visão de futuro, de todas empresas ligadas ao esporte, apostando na FGS, aí sim acredito em novos Rodrigos, Daisons, etc. Pois temos no "pátio de casa", a maior empresa do mundo - GM - e as "pratas da casa": Tramontina, Vontobel, Marcopolo, Randon, Gerdau, RBS, etc, etc., fora a Dell e as de telecomunicações, Vivo, Claro, Tim e agora o Grupo Record...
Saudações, Virgilio"
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Yeda Crusius
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Inversão de valores no surf gaúcho
Guardei esta foto faz tempo. E agora não sei a quem devo o crédito.
A foto foi surrupiada (no bom sentido) da Drift. Valeu Dario!
A foto foi surrupiada (no bom sentido) da Drift. Valeu Dario!
Há algum tempo eu venho tendo dificuldade para atualizar o Tracks. Não é falta de vontade, muito antes pelo contrário, é falta de tempo mesmo. De qualquer maneira, volta e meia, quando encontro algum asssunto interessante, eu dou um jeito de publicar.
Outro dia troquei uns e-mails com o Ki Fornari, grande figura do surfe gaúcho, e convidei-o a colaborar aqui. Bem, o que segue espero que seja o primeiro de muitos textos. Seja bem-vindo, Ki!
"Há muito tempo venho matutando sobre o convite do Giovanni em colaborar com o blog mais conferido pela galera de Tramandaí e quem sabe, pela grande parte da velha-guarda do surf. Depois de uma pausa nas críticas públicas, resolvi apimentar um pouco este blog, e se o Giovanni permitir, compartilhar alguns pensamentos.
Os sites “especializados” em surf, no Rio Grande do Sul, vem na medida do possível abrindo espaço para os atletas gaúchos se manifestarem sobre as competições e fatos corriqueiros do esporte, enaltecendo principalmente o fator local. Algumas matérias permitem a postagem de comentários, e em meio a ofensas pessoais de alguns internautas, verdadeiros absurdos que passam pelos “filtros” moderadores dos sites, uma pergunta feita pelos “comentaristas” vem aparecendo com freqüência, associando a performance dos atletas do estado em competições interestaduais e nacionais: “O que está acontecendo com o surf gaúcho?”
O surf gaúcho sempre enterrou sua história, e me preocupa essa impressão de que o surf dos pampas começou com o Pedra chegando ao WCT, lá nos idos de 2001 e 2002, e que agora estamos em plena decadência, na pior fase da história.
A história do surf gaúcho é interessante, e volta e meia vasculho arquivos da Associação dos Surfistas de Capão da Canoa (ASCC), deixados por um ex-dirigente da FGS, que inclusive foi execrado no meio do surf, por atitudes que não cabem aqui serem discutidas, mas que apesar disso, deixou um brilhante trabalho de registro da história das competições no estado. Desde o início, em 1985, até o rescaldo de sua gestão, em meados de 2000.
Por tudo o que acompanhei “ao vivo”, ou nos “registros públicos”, posso afirmar que no quesito representatividade dos atletas, nunca estivemos melhor. Temos o Pedra como melhor brasileiro no circuito mundial (2007), temos 2 atletas no Super Surf, inclusive com vitórias em etapas e presença entre os 10 melhores do Brasil (leia-se Daison Pereira). E temos na rabeira destas realizações muitos atletas tentando carreira como surfista profissional, disputando certames regionais e nacionais em diversos estados brasileiros. Posso citar: Robson Gobbato, Vini Fornari, Renan Borba, Stéfano Dornelles, Iuri Silva, e outros. Além é claro de um surfista que vem se destacando pelo “go for it”, Pedro “Manga” Aguiar, cuja coragem já estampou até página da revista Fluir.
A década de 1990 foi marcada pela abundância competitiva no estado, onde desfilaram em ondas gaúchas, surfistas de renome no cenário nacional e mundial, como bem lembro e cito como exemplo, o WQS de 97, em Capão da Canoa. O Circuito Gaúcho também era forte, com etapas em várias praias, além de um provável e respeitável calendário, algo apenas ilusório nos dias de hoje. Poucos atletas optaram pelo profissionalismo, em uma época em que o estado dava oportunidade de intercâmbio e troca de experiencias, e a mídia, valorizava como nunca atletas amadores e profissionais. O Pedra foi único, teve visão, aproveitou as oportunidades, foi centrado e competente, e colhe os frutos até hoje.
Sem base local, apoio estatal, e à mercê de uma instituição que faz lobby político, a fim de receber migalhas, quais seriam as chances de um atleta gaúcho despontar como surfista profissional hoje em dia? Todos os atuais “local heros”gaúchos fazem por si, assim como o Pedra fez na década de 1990. A pergunta inicial dos internautas é pertinente, mas o que será de nós após a aposentadoria de nosso maior herói, o que acontecerá ao surf gaúcho?
Por fim, mais uma vez entristeci-me ao ver o site da FGSurf informando sua mobilização ao Pró-orla do Guaíba. “Eles” devem estar pensando: “O litoral gaúcho é maravilhoso, revitalizado, e sem redes de pesca. Agora vamos ajudar a melhorar o Guaíba”.
Sabem quantas linhas sobre o alerta de redes de pesca perambulando pelo litoral gaúcho após o ciclone estampam o site oficial do surf gaúcho? Adivinhem!
Aloha!
Ki Fornari"
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domingo, 11 de maio de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Procurando...
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Art Brewer
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sábado, 26 de abril de 2008
Imperdível!
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quarta-feira, 16 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
Muppet Show
As "véias" do Muppet Show mandando um Coldplay.
Só senti falta dos comentários feitos pela dupla de velhinhos
que sempre ficam num balcão do teatro.
Era a melhor parte de cada show...
Só senti falta dos comentários feitos pela dupla de velhinhos
que sempre ficam num balcão do teatro.
Era a melhor parte de cada show...
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Monster de novo
Rodrigo Resende mostrando como é que se faz!
Pra mim são todos uns loucos...
Pra mim são todos uns loucos...
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Burle de novo
Confesso estar impressionado com o primeiro carinha, em Shipsterns.
Fora ele, pra mim é Burle toda vida!
Fora ele, pra mim é Burle toda vida!
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quinta-feira, 3 de abril de 2008
Ponto de vista
Minha prancha até pode não ser igual a dele,
mas o meu computador é! KS redigindo a sua análise sobre o que
rolou em Bells. Foto: ASP
mas o meu computador é! KS redigindo a sua análise sobre o que
rolou em Bells. Foto: ASP
Eu já sugeri aqui o blogue dos caras. Se vocês tem visitado lá, desconsiderem este post. Mas se, como eu, por falta de oportunidade ou tempo não tem ido lá, eu publico aqui um pedacinho do post do careca, sobre a semana em Bells e, principalmente, uma análise do dia final, a partir do ponto de vista de quem correu as últimas baterias do dia.
Ele escreveu assim:
"Had a great finishing day but was really tired towards the end of four heats that day. Lots of paddling and work but all good in the end. Was looking to have a better battle with Andy who never got in sync with the waves unfortunately. Hobgood gave me a really great run and I narrowly squeaked that one. Taj wasn’t in top form but you always expect him to flair up but the waves didn’t let us in the semi. Bede had me on the ropes but let me surf alone at Rincon and I got one of those waves I spotted earlier in the heat. That about wraps up my week and a bit there. Off for some free time for a while. Take care. Thanks for tuning in here."
Lê o resto aqui.
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domingo, 16 de março de 2008
Notícias
Flow Barrel na Wave House de Durban.
Pode não ser exatamente surfe, mas vamos combinar:
quem não quer um destes?
Pois é pessoal, foram praticamente 3 meses sem dar as caras por aqui. Mas tenho bons motivos para isto.Pode não ser exatamente surfe, mas vamos combinar:
quem não quer um destes?
Em dezembro passado, o escritório de design gráfico do qual era sócio, chegava ao final do seu oitavo ano de atividade e eu estava literalmente de saco cheio. Tudo era motivo para aumentar a minha frustração: o dinheiro era curto, o trabalho era muito, o nível de prazer com a lida diária estava lá em baixo, o trabalho não me gratificava mais e...precisa mais?
Na contra-mão deste quadro horrível, caiu de para-quedas no meu colo, um convite fantástico: dedicar-me 100% à venda de piscinas com onda no Brasil. O convite veio da empresa ADG e o desafio era descobrir por que ainda não havia uma destas por aqui e, claro, dar um jeito de tornar este sonho realidade.
Ocorre que do jeito que as coisas foram acontecendo, acabei direcionando o meu foco para um produto que sempre me fascinou: o Flow Rider. Em termos de investimento, trata-se de um projeto muito mais "pés no chão" e amigos, não me interpretem errado, eu sou meio cético quanto à qualidade das ondas que os caras oferecem nestas auto-proclamadas piscinas de ondas para surfe.
À medida em que eu ia me envolvendo com a estória do Flow Rider, eu ia ficando mais ligado à Wave Loch, empresa que fabrica o produto e detém a franquia das Wave House, onde estão instalados os Flow Barrel, que é o Flow Rider com um tubo de 10 pés.
Bom, anda vira e mexe, acabei me encontrando com Mr. Tom Lochetfeld, CEO da Wave Loch para acertar a representação da empresa aqui no Brasil. Conheci um sujeito fantástico. O cara é uma mistura de businessman, gente boa e cientista maluco - tudo isto sem perder o jeitão de surfista. 55 anos e cheio de fissura. No dia em que o encontrei, estávamos em Santiago do Chile e enquanto eu tratava o encontro como uma reunião de negócios, o cara estava com aquela cara de satisfação que a gente fica depois de um surfe perfeito. Ficou um tempão me contando das ondas perfeitas que havia pego na tarde do dia anterior...
E agora está aí a explicação: tô correndo feito louco. Todos os dias eu tenho dúzias de reuniões para demostrar filmes, expor idéias de projetos, explicar como funciona, como deve ser o plano de negócios e principalmente as vantagens que um produto destes pode oferecer para uma operação. Tenho chegado em casa tarde da noite todos os dias. Mas chego feliz. Tem sido gratificante este novo trabalho. O único problema é que tem me sobrado muito pouco tempo para as coisas do dia a dia e para a convivência com as minhas gurias aqui em casa. Imaginem tempo para publicar alguma coisinha aqui no blogue...
Aliás, isto tem sido até engraçado. Vocês não fazem idéia da quantidade de textos que publiquei na minha cabeça. Quantas vezes eu imaginei um texto do início ao fim e acabei não encontrando tempo para redigi-lo. Notícias e novidades passavam por mim e eu prometia a mim mesmo: "taí, esta é uma boa matéria para publicar no Tracks. Assim que tiver uns minutinhos vou lá postar". E nada!
Vamos ver. Vou tentar. Não prometo nada, mas prometo tentar. Eu sei que há meia dúzia de teimosos que vem frequentemente aqui dar uma olhada. Eu preciso retribuir esta gente.
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